segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

CD's são Recicláveis?


CDs e DVDs são compostos de metais e plástico, portanto recicláveis, mas o custo X benefício desse processo, falta de legislação e educação fazem essas mídias serem jogadas no lixo. 

O tempo dos CDs para armazenagem passou e os DVDs estão sendo rapidamente trocados pela praticidade das "locadoras virtuais". Música agora também é comprada virtualmente, dispensado seu arquivamento.  

Provavelmente o que ainda sustenta o mercado de CDs é a pirataria. Sem nenhum controle, os CDs estão sendo descartados. Entenda a composição desse material e como descartá-lo corretamente:

--> Um CD é basicamente é composto por uma base plástica de Policarbonato e uma camada reflexiva feita de liga metálica de ouro, prata ou alumínio. Além disso existe a camada de gravação, de laqueamento e uma superfície de proteção.
RECICLAGEM
A reciclagem industrial inclui a desmagnetização, o desmonte dos discos e a reciclagem do plástico e de outros componentes. Apesar da reciclabilidade do material, a “Software Manufacturer’s Association” (USA) estima que menos de 30% das mídias são recicladas. Isto significa que milhões de CDs e outras mídias de armazenamento vão para o lixo. São materiais que levam mais de 400 anos para se decompor.
O policarbonato e os metais reciclados podem ser usados em diversas aplicações, mas o custo X benefício da operação não é vantajoso. Então são necessários incentivos para que o material seja efetivamente transformado em nova matéria-prima.

Muito provavelmente isso nunca vai acontecer no Brasil, então repense o hábito de comprar DVDs piratas só porque são baratos, sendo que você dificilmente vai assistí-los novamente. 

Acesso em: 16/12/2013

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Mapa mostra crescimento do desmatamento no mundo na última década

Cientistas da Nasa, do Google, da U.S Geological Survey e da Universidade de Maryland criaram o primeiro mapa mundial detalhado do desmatamento. Para criar o estudo, foram utilizadas imagens de mais de 650 mil satélites.
Segundo estudo da revista científica Science, entre 2000 e 2012 o mundo perdeu 2,3 milhões de quilômetros quadrados de florestas e ganhou 800 milhões de metros quadrados em projetos de reflorestamento.

Os dados, que correspondiam à 20 trilhões de pixels, foram analisados pelo Google Earth Engine – uma plataforma que utiliza 10 mil computadores nas centrais da Google e conseguiu completar a tarefa que um computador comum demoraria 15 anos para realizar.

Os pesquisadores ainda conseguiram identificar as causas das principais devastações do mundo, que foram destacadas no mapa. Paraguai, Camboja e Malásia são os países que mais devastaram na última década.

O Brasil, que já foi responsável por mais da metade do desmatamento no mundo, conseguiu reverter as estatísticas e teve o melhor desempenho, reduzindo pela metade o desmatamento no comparativo 2002-2003 e 2010-2011.
Porém, o governo brasileiro já revelou que o desmatamento cresceu 30% entre agosto de 2012 e junho de 2013 em relação ao mesmo período do ano anterior.
No link http://earthenginepartners.appspot.com/science-2013-global-forest dá pra verificar como está a atual situação das florestas no mundo. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

As 10 áreas protegidas mais insubstituíveis do mundo

Um estudo divulgado na revista Science reúne os locais protegidos, que, na visão dos cientistas, são os mais “insubstituíveis” do mundo. O relatório foi desenvolvido por organizações internacionais, que listaram 78 lugares em 137 áreas protegidas.
As regiões compreendem 34 países, que, juntos, abrigam a maioria das populações de mais de 600 aves, anfíbios e mamíferos, dos quais metade está globalmente ameaçada.
Há casos em que as áreas protegem espécies que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar, como o pato Laysan (Anas laysanensis) - endêmico do Refúgio Nacional de Animais Selvagens das Ilhas Havaianas, nos Estados Unidos, e categorizado como “criticamente em perigo”, na Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). Também servem de exemplo, pelo menos, treze espécies de anfíbios que são restritas ao Parque Nacional Canaima, na Venezuela.
As Ilhas Galápagos, no Equador, o Parque Nacional Manú, no Peru, e os Gates Ocidentais da Índia são exemplos de lugares que já constam na Convenção do Patrimônio Mundial da UNESCO. Entretanto, o estudo ressalta que, metade da terra coberta por essas áreas, ainda não tem reconhecimento.
A pesquisa é baseada na análise de dados de áreas protegidas terrestres, e em mais de 20 mil espécies que estão na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN.
Veja abaixo as 10 áreas mais insubstituíveis:
- Parque Nacional Kakadu (Austrália)


- Shark Bay (Austrália)


- Trópicos Úmidos de Queensland (Austrália)


- Apolobamba (Bolívia)


- Carrasco (Bolívia)
- Alto Rio Negro (Brasil)


- Serra do Mar (Brasil)
- Serra da Mantiqueira (Brasil)


- Vale do Javari (Brasil)

Funai/Divulgação

- Monte Camarões (Camarões)


Redação CicloVivo 
Acesso em: 03/12/2013

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

2ª Análise Sobre o Uso Público e Parcerias para a Conservação e Desenvolvimento


Queremos uma transformação... nossas unidades de conservação vistas como importantes ativos brasileiros, como riquezas que podem contribuir para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do país.

Acreditamos que os indivíduos que, no dia-a-dia, se relacionam com a gestão da UC, são aqueles que mais conhecem a realidade local e as dificuldades para fazer do uso público responsável uma real oportunidade, tanto para conservação, quanto para o desenvolvimento.

Por isso, o Semeia tem o prazer de convidar para a 2ª Análise Sobre Uso Público e Parcerias Para a Conservação e Desenvolvimento.

É possível participar respondendo nossa pesquisa através do site do Semeia (semeia.org.br/pesquisa/questionario)

Neste ano, as análises obtidas a partir dos dados da pesquisa serão incluídas em um documento de Diretrizes para o Uso Público em UCs, que será apresentado para cada um dos presidenciáveis nas eleições de 2014.

Além do gestor, todos aqueles que se relacionam e trabalham com a gestão das UCs no seu dia-a-dia também estão convidados a responder à pesquisa.

Ainda, o participante que atrair mais pessoas para participar da pesquisa será convidado para contar a sua história no nosso Evento Anual.



Para saber mais sobre a pesquisa e o Instituto Semeia, entre em nosso site, semeia.org.br e visita nossa página no Facebook (facebook.com/InstitutoSemeia)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Criação de indicadores ambientais

[EcoDebate] A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental deve ser monitorada para aferir seu funcionamento, sua efetividade e determinar as melhorias necessárias.
Não faz sentido uma organização investir recursos financeiros e muitos recursos humanos, que também tem seu custo transferido para a conta de capital, sem que tenha a preocupação em obter resultados satisfatórios, tanto sob a dimensão institucional quanto sob o próprio enfoque gerencial e com resultados ambientais percebidos e incontestáveis externamente.
A criação de indicadores ambientais não é exatamente um requisito normativo. É muito mais uma necessidade institucional que atende a vários fatores além dos processos de melhoria continua:
  1. Acionistas, banqueiros e outras entidades financeiras serão sempre mais confiantes que seus investimentos estejam seguros e não sejam colocados em risco por desempenho ambiental insatisfatório, para isto, parâmetros ambientais confiáveis devem ser criados e disponibilizados da melhor maneira possível;
  2. Para partes interessadas não financeiras, tais como organismos reguladores estatais, organizações de padronização e grupos ambientalistas, indicadores de desempenho ambiental satisfatórios demonstram adequação à legislação, preocupação ambiental corporativa e um viés importante em direção à práticas de sustentabilidade;
  3. Inúmeros compradores do mercado, influenciados por estímulos e motivações diversas, podem ser cooptados pela disponibilização de indicadores ambientais satisfatórios e tomar sua opção de compra por esta decisão;
  4. Finalmente, a própria adesão ao sistema de normas ambientais obriga a medição do próprio desempenho, dentro da prática de estabelecimento de objetivos e metas quantificáveis e em constante aprimoramento.
O desempenho ambiental consiste em “resultados mensuráveis da gestão de aspectos ambientais das atividades, produtos e serviços de uma organização”. O contexto dos resultados deve ser avaliado em relação à política ambiental institucionalizada e aos objetivos e metas propostos.
Para tanto, utilizamos o instrumento da Avaliação do Desempenho Ambiental (ADA), que é um processo para “medir, analisar, avaliar e descrever o desempenho ambiental de uma organização em relação a critérios acordados para os objetivos apropriados de gestão”.
A forma de mensuração ocorre com a definição de Indicadores do Desempenho Ambiental (IDA). Um Indicador é “uma descrição específica de uma avaliação de desempenho dentro de uma área de avaliação”. É muito importante que cada organização desenvolva seus indicadores, para mensurar sua avaliação e validar seu Sistema de Gestão Ambiental.
Uma auditoria ambiental se repete em ciclos pré-determinados, semestrais, ou anuais e tem a interferência de pessoas. Indicadores de Desempenho Ambientais (IDA), que permitem a operação de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA).
Esta metodologia constitui em conjunto, um processo de medição contínuo que realimenta o processo com informações valiosas, que a gerência pode utilizar para estabelecer metas e objetivos específicos mensuráveis ou implementar modificações necessárias.
A ADA é um processo contínuo de coleta e análise de informações necessário para a manutenção do bom funcionamento do Sistema, otimização e maximização dos investimentos em recursos humanos, materiais, financeiros e institucionais.
O processo da ADA tem vários benefícios. A medida do desempenho ambiental ao longo do tempo fornece discernimento em áreas problemáticas e oportunidades para melhorias. Além de subsídios permanentes para o gerenciamento do Sistema de Gestão Ambiental.
Quando da definição do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA), a Avaliação do Desempenho Ambiental (ADA) pode ajudar a identificar pontos fortes e pontos fracos, aspectos gerenciais relevantes e impactos ambientais significativos.
O processo de implantação dos avaliadores do Desempenho Ambiental pode ocorrer a partir do Diagnóstico Ambiental e antes mesmo da formulação da Política Ambiental e do Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA). Os elementos de referência da Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA), são os seguintes:
  • Planejamento do processo: análise de aspectos ambientais relevantes, estabelecimento do escopo do processo de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA), seleção e validação dos Indicadores de Desempenho Ambiental (IDA) e sistematização de coleta de informações;
  • Aplicação do processo de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA): coleta e análise de dados e avaliação do desempenho ambiental;
  • Descrição do Desempenho Ambiental: comunicar e reportar os objetivos e metas, internos e externos;
  • Revisão e aperfeiçoamento do processo de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA): melhoria contínua do próprio sistema, avaliação da utilidade e importância dos dados monitorados.
Para o bom funcionamento do processo de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA), é necessário uma correta escolha de Indicadores de Desempenho Ambiental (IDA).
Alguns exemplos de indicadores, apenas com o intuito demonstrativo, estão descritos abaixo. Cada empresa deve procurar e desenvolver seus indicadores conforme sua realidade e suas necessidades:
    • Número de incidentes com emissões tóxicas, ao longo do tempo, tanto em meio fluido, quanto sólido ou gasoso, em ocorrências que caracterizem impactos ambientais (descargas líquidas, rejeitos perigosos ou emissões de gases poluentes no ar);
    • Quantidade de incidentes corretamente investigados, com determinação de causas básicas;
    • A redução percentual de energia de transporte de qualquer natureza;
    • O peso das embalagens por produtos acabados e seu percentual de participação;
    • Quantidades de gás carbônico (CO2) liberadas para a atmosfera.
    Para proceder escolhas de Indicadores de Desempenho Ambiental são descritas ferramentas gerenciais, operacionais e o estado do meio ambiente.
    A organização não existe em um vácuo, mas está inserida e contextualizada no meio ambiente, definido como o conjunto de relações sistêmicas entre os meios, físico, biológico e antrópico ou sócio-econômico.
    Suas atividades operacionais ocorrem neste contexto e impactam e causam efeitos nestas condições. Assim, um processo de Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA) incorpora formas de descrição e avaliação sobre meios locais, regionais ou globais.
    Os impactos podem ser listados e descritos nas seguintes áreas:
    • Meio físico: sobre rochas, solos, águas superficiais ou subterrâneas, geomorfologia ou climas;
    • Meio biológico: sobre a flora, a fauna, a diversidade biológica em geral e os ecossistemas;
    • Meio Antrópico: determinações sobre uso e ocupação dos espaços físicos afetados, terras alagadas, desertificação, erosão, perda de nutrientes do solo e qualquer fator relevante.
    Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.

    terça-feira, 5 de novembro de 2013

    Brasil pedirá responsabilidade de cada país sobre o clima

    Brasil pedirá criação de uma metodologia para que cada país possa calcular sua responsabilidade histórica sobre o aumento da temperatura

    O Brasil irá pedir na 19ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP19) – que começa em 11/11/2013, em Varsóvia (Polônia) – a criação de uma metodologia para que cada país possa calcular sua responsabilidade histórica sobre o aumento da temperatura global.


    Calor
    Aquecimento global: cálculo sobre a responsabilidade histórica do aquecimento global é defendida pelo Brasil desde 1997
    "O Brasil está levando para Varsóvia algumas contribuições para as negociações. A primeira é para que o IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas] prepare de maneira bastante rápida uma metodologia simplificada para que cada país possa calcular sua responsabilidade histórica para o aumento da temperatura global”, disse hoje (4) o subchefe da divisão de Clima, Ozônio e Segurança Química do Ministério das Relações Exteriores, Felipe Rodrigues Gomes Ferreira. Ele falou em evento da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
    De acordo com Ferreira, o cálculo sobre a responsabilidade histórica do aquecimento global é uma “questão chave” e é defendida pelo Brasil desde 1997, quando houve a negociação do Protocolo de Kioto. “O foco da real causa do problema, que não é a emissão de hoje, é o acúmulo das emissões da atmosfera desde o período pré-industrial. Essa é a questão chave. A causa é o acúmulo de gás carbônico na atmosfera e o efeito que ele tem na temperatura ao longo do tempo”, disse.
    Relatório divulgado no final de setembro pelo IPCC mostra que a influência humana no clima é a principal causa do aquecimento global observado desde meados do século 20. O aumento das temperaturas é evidente e cada uma das últimas três décadas tem sido sucessivamente mais quente. Segundo o texto, há 95% de probabilidade de que mais da metade da elevação média da temperatura da Terra entre 1951 e 2010 tenham sido causadas pelo homem. Os gases de efeito estufa contribuíram para o aquecimento entre 0,5 e 1,3 graus Celsius (ºC) no período entre 1951 e 2010.
    “[Não estamos propondo] uma fórmula geral e irrestrita, um cálculo feito pela convenção de quanto cada país tem de fazer [para diminuir suas emissões]. Nós estamos propondo que se elabore uma metodologia para que, da mesma maneira que cada país calcula seu PIB [Produto Interno Bruto, que mede o total de bens e serviços produzidos no país], que cada país possa fazer a sua contabilidade nacional não só de emissões, mas também da responsabilidade histórica do país 
    Acesso em 05.11.2013

    quarta-feira, 30 de outubro de 2013

    Relatório afirma que 29% dos alimentos estão contaminados

    Relatório divulgado em 29/10/2013 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a presença de agrotóxicos em frutas, legumes e verduras apontou em 36% das amostras analisadas em 2011 e 29% das amostras verificadas em 2012 apresentaram resultados considerados insatisfatórios pela agência.
    Segundo o estudo, nestes casos os alimentos continham níveis de substâncias tóxicas superiores ao limite imposto no Brasil ou ainda compostos químicos que nunca foram registrados para uso no país. Os dados fazem parte do estudo que integra o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA).
    Segundo a Anvisa, a escolha dos produtos analisados baseou-se nos dados de consumo obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade destes alimentos nos supermercados dos diferentes estados e no perfil de uso de agrotóxicos nestes alimentos.
    Em 2011, foram estudadas 1.628 amostras de nove alimentos (alface, arroz, cenoura, feijão, mamão, pepino, pimentão, tomate e uva).


    Das 589 amostras consideradas insatisfatórias (36% do total analisado), 520 apresentaram algum tipo de agrotóxico não autorizado para a cultura; 38 estavam com produtos tóxicos com nível acima do limite imposto pela Anvisa; e 31 amostras tinham resíduos tóxicos de produtos não autorizados para aquela cultura e com níveis de agrotóxico acima do limite.

    Os resultados do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para) mostram que ainda é preciso investir na formação dos produtores rurais e no acompanhamento do uso de agrotóxicos. O programa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia continuamente os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor.
    O resultado do monitoramento do último PARA (2011/2012) mostra que 36% das amostras de 2011 e 29% das amostras de 2012 apresentaram resultados insatisfatórios. Existem dois tipos de irregularidades, uma quando a amostra contém agrotóxico acima do Limite Máximo de Resíduo (LMR) permitido e outra quando a amostra apresenta resíduos de agrotóxicos não autorizados para o alimento pesquisado. Das amostras insatisfatórias, cerca de 30% se referem à agrotóxicos que estão sendo reavaliados pela Anvisa.
    Segundo do diretor presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, “a Anvisa tem se esforçado para eliminar ou diminuir os riscos no consumo de alimentos, isto se aplica também aos vegetais. Por esta razão a agência monitora os índices de agrotóxicos presentes nas culturas. Nós precisamos ampliar a capacidade do SNVS de monitorar o risco tanto para o consumidor como para o produtor para preservar a saúde da população.”
    O atual relatório traz o resultado de 3.293 amostras de treze alimentos monitorados, incluindo arroz, feijão, morango, pimentão, tomate, dentre outros. A escolha dos alimentos baseou-se nos dados de consumo obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade destes alimentos nos supermercados das diferentes unidades da federação e no perfil de uso de agrotóxicos nestes alimentos.
    O aspecto positivo do PARA é que vem aumentado a capacidade dos órgãos locais em identificar a origem do alimento e permitir que medidas corretivas sejam adotadas. Em 2012, 36% das amostras puderam ser rastreadas até o produtor e 50% até o distribuidor do alimento.

    O programa
    A Anvisa coordena o Para em conjunto com as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios participantes, que realizam os procedimentos de coleta dos alimentos nos supermercados e de envio aos laboratórios para análise. Assim, é possível verificar se os produtos comercializados estão de acordo com o estabelecido pela Agência.
    Este trabalho realizado pela Anvisa é de extrema importância porque os brasileiros estão acrescentando mais alimentos saudáveis à sua rotina alimentar. Em busca de uma melhor qualidade de vida e da prevenção de doenças, os consumidores estão mais conscientes da importância de uma alimentação mais equilibrada, com qualidade e segurança, e que traga benefícios para a saúde. Frutas, verduras, legumes e hortaliças contêm vitaminas, fibras e outros nutrientes e devem ser ingeridos com frequência, pois auxiliam nas defesas naturais do corpo. Porém, é importante que se conheça a procedência desses alimentos.
    Diversos agrotóxicos aplicados nos alimentos agrícolas e no solo têm a capacidade de penetrar no interior de folhas e polpas, de modo que os procedimentos de lavagem dos alimentos em água corrente e a retirada de cascas e folhas externas dos mesmos contribuem para a redução dos resíduos de agrotóxicos, ainda que sejam incapazes de eliminar aqueles contidos em suas partes internas.
    Soluções de hipoclorito de sódio (água sanitária ou solução de Milton) devem ser usadas para a higienização dos alimentos na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, com o objetivo apenas de matar agentes microbiológicos que possam estar presentes nos alimentos, e não de remover ou eliminar os resíduos de agrotóxicos.

    Compostos Tóxicos
    Em 2012, a agência analisou 1.665 amostras de sete culturas coletadas (abacaxi, arroz, cenoura, laranja, maçã, morango e pepino).
    O estudo verificou que 483 delas (29%) foram consideradas insatisfatórias por apresentarem resíduos de produtos não autorizados, ou autorizados, mas em concentrações acima do Limite Máximo de Resíduo.
    Deste total, em 416 amostras havia a presença de agrotóxicos não autorizados para a cultura; 40 amostras tinham substâncias acima do limite permitido e não permitidas para a cultura; e em 27 amostras havia a presença de agrotóxicos acima do permitido.
    Um dado que chama a atenção é a presença de pelo menos dois agrotóxicos que nunca foram registrados no Brasil: o azaconazol e o tebufempirade. Isto sugere que os produtos podem ter entrado no Brasil por contrabando.
    Destaque ainda para a substância clorpirifos, seguidos dos inseticidas acefato e dimetoato. Além disso, 152 amostras apresentaram resíduos de ingredientes ativos em processo de reavaliação toxicológica ou em etapa de venda descontinuada programada no Brasil.
    O composto carbendazim, um tipo de fungicida, foi o mais encontrado nos produtos analisados, seguido dos inseticidas metamidofos e clorpirifos.
    O estudo apontou ainda a presença de ingredientes ativos tebufempirade e azaconasol em amostras de uvas analisadas. Ao encontrar tais compostos, a Anvisa sugere a ocorrência de contrabando desses agrotóxicos, que nunca tiveram registro no país.
    fdsx
    Resultados 2011 e 2012
    O conteúdo do EcoDesenvolvimento.org está sob Licença Creative Commons. Para o uso dessas informações é preciso citar a fonte e o link ativo do Portal EcoD. http://www.ecodesenvolvimento.org/posts/2013/outubro/residuos-de-agrotoxicos-estao-presentes-em-29-dos?utm_source=dlvr.it&utm_medium=facebook#ixzz2jEn3OEFn 

    Condições de uso do conteúdo 
    Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives


    Lavagem é insuficiente
    A agência explica que alguns agrotóxicos aplicados nos alimentos agrícolas e no solo têm a capacidade de penetrar em folhas e polpas. Por isso, a lavagem dos alimentos em água corrente e a retirada de cascas e folhas externas, apesar de contribuem para a redução dos resíduos de agrotóxicos, são incapazes de eliminar aqueles contidos em suas partes internas.
    O atual relatório traz o resultado de 3.293 amostras de 13 alimentos monitorados, incluindo arroz, feijão, morango, pimentão, tomate, dentre outros. A escolha dos alimentos foi baseada nos dados de consumo levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na disponibilidade dos alimentos nos supermercados e no perfil de uso de agrotóxicos nos alimentos.
    Para a Anvisa, o aspecto positivo do programa é a capacidade dos órgãos locais em identificar a origem do alimento e permitir que medidas corretivas sejam adotadas vem aumentado. Em 2012, 36% das amostras puderam ser rastreadas até o produtor e 50% até o distribuidor do alimento.
    A Anvisa coordena o programa de análise de resíduos em conjunto com as vigilâncias sanitárias dos estados e municípios participantes, que fizeram os procedimentos de coleta dos alimentos nos supermercados e de envio aos laboratórios para análise. Assim, é possível verificar se os produtos comercializados estão de acordo com o estabelecido pela agência.

    Melhora na orientação

    Segundo a Anvisa, os dados “reforçam a necessidade de melhoria na formação dos produtores rurais” e o acompanhamento do uso de agrotóxicos na agricultura brasileira.

    A Anvisa reforça que uma difusão melhor sobre boas práticas relacionadas ao agrotóxico “podem evitar a exposição indevida aos agrotóxicos, por exemplo, quando produtores rurais utilizam agrotóxicos não autorizados para a modalidade de aplicação”.



    Fontes: