terça-feira, 18 de outubro de 2011

RS: captura de tubarão-duende possibilita estudo inédito no mundo

Momento da incisão para retirada da vértebra do tubarão-duendeFoto: Tammie Faria Sandri, ACS/FURG/Divulgação

Os trabalhos de amostragem biológica e dissecação do tubarão-duende que está no Laboratório de Elasmobrânquios da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) permitirá a realização de um estudo inédito. A retirada de uma vértebra do animal, que habita águas profundas, poderá significar a determinação da idade do exemplar. “Nunca ninguém fez esse estudo”, acredita o coordenador do laboratório, professor Santiago Montealegre Quijano, já que não há publicações registrando o procedimento.

Ele explica que as vértebras são utilizadas para observar marcas de crescimento nos tubarões, similares as que encontramos nas árvores, embora nem todas as espécies de tubarão permitam esse tipo de estudo. “Mesmo que não seja possível determinar a idade, levaremos para o laboratório de histologia, para análise da composição de cálcio”.
Além da vértebra, foram retirados o trato reprodutivo e o gastro-intestinal para estudos posteriores. Antes, o animal foi pesado – totalizando 42,7 kg. Para a morfometria completa, foi realizada a medição de 80 variáveis, que servirão para comparação com outros estudos realizados em São Paulo e no Japão  local onde foi encontrado o maior número de exemplares da espécie.
Os trabalhos foram iniciados no sábado. O tubarão-duende recebeu injeções de formol e ficará depositado em tanque com o mesmo líquido por 20 dias (processo de fixação). Depois, irá para um tanque com álcool 70%, integrando a coleção científica da FURG.
Para o professor Santiago Quijano, a captura do tubarão-duende no Rio Grande do Sul comprova a existência da espécie em todo litoral brasileiro e estende o limite de distribuição da espécie até 33º Sul. No Atlântico Ocidental, apenas quatro tubarões-duende haviam sido colecionados.
“O primeiro no Suriname, em 1983, e levado para o Japão; o segundo coletado no Golfo do México em 2002, que constituiu o único registro para América do Norte; o terceiro no Pará, em 2003, e depositado no Museu Oceanográfico da Univali; e o quarto coletado no litoral de São Paulo, em 2008, e depositado na Unesp”, conta o professor.
O exemplar, com 2,3 m de comprimento, foi doado ao Museu Oceanográfico da FURG e repassado pelo diretor do Museu, Lauro Barcellos, ao Laboratório de Elasmobrânquios do Instituto de Oceanografia (IO/FURG) no dia 21 de setembro. (Fonte: Portal Terra)

Um tubarão-duende que foi capturado acidentalmente foi doado ao Museu Oceanográfico da FurgFoto: Santiago Quiajano/Laboratório de Elasmobrânquios/FURG/Divulgação

Avião elétrico vence desafio e leva US$ 1,35 milhão

Uma subsidiária americana de uma empresa eslovena ganhou um incentivo de US$ 1,35 milhão da Nasa, a agência espacial dos EUA, e do Google, pelo desenvolvimento de um avião elétrico.
O desafio proposto pela Nasa era criar uma aeronave com alta eficiência energética, capaz de voar 320 km utilizando energia equivalente a 3,8 litros de combustível por passageiro. O Pipistrel Taurus G4 superou a meta e conseguiu percorrer o trajeto gastando o equivalente a pouco menos de 2 litros de combustível.
A equipe vencedora foi uma das 14 inscritas no desafio da Nasa e do Google, que começou há 2 anos. No total, os concorrentes investiram cerca de US$ 4 milhões no desenvolvimento de novas tecnologias verdes, segundo a agência americana. Apenas três das aeronaves inscritas, no entanto, conseguiram decolar no dia do teste final, no aeroporto Charles M. Schulz, em Sonoma, na Califórnia.
“Há dois anos, voar 320 km a 160 km/h em um avião elétrico era coisa de ficção científica”, afirmou o líder da equipe de desenvolvimento da Pipistrel nos EUA, Jack Langelaan. “Agora, estamos de olho no futuro da aviação elétrica”.
O segundo prêmio, de US$ 120 mil, foi para a equipe eGenius, da Califórnia. (Fonte: G1)
Aviões elétricos

eGenius foi o segundo colocado na competição, cumprindo todas as etapas do concurso, inicialmente consideradas exigentes demais.
[Imagem: NASA]

O Pipistrel Taurus G4 foi considerado pela NASA como o avião mais eficiente do mundo, conquistando US$1,35 milhão do CAFE Green Flight Challenge, o maior prêmio da história da aviação.
O mais surpreendente é que tanto o Pipistrel, como o segundo colocado, o eGenius, são aviões elétricos.
O evento, patrocinado pela empresa Google, tinha como objetivo alcançar a maior eficiência energética possível, voando o máximo de distância e tempo com o mínimo de combustível.
"Dois anos atrás, pensar em voar 200 milhas a 100 milhas por hora em um avião elétrico era pura ficção científica," comentou Jack Langelaan, chefe da equipe Pipistrel.

Nova era na aviação
Para a NASA, o resultado positivo do evento, com equipes alcançando os objetivos inicialmente considerados exigentes demais, marca "o início de uma nova era na eficiência da aviação".
Esta é primeira vez que aviões elétricos em escala normal participaram de uma competição




NASA quer colocar mais verde nos céus
Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/09/2011
 
O Ike tem o visual mais impressionante entre os competidores.[Imagem: IKE]

Avião mais verde
A NASA está promovendo uma competição para testar conceitos inovadores para a propulsão de aviões.
Durante a próxima semana serão testados aviões com motores a combustão alimentados por biocombustível, aviões elétricos e aviões com motorização híbrida.
O objetivo é alcançar a maior eficiência energética possível, voando o máximo de distância e tempo com o mínimo de combustível.
O prêmio para o vencedor é entusiasmador: US$1,65 milhão, o maior prêmio já oferecido na aviação.


O avião elétrico E-Genius esconde toda a sua lista de inovações por trás de uma aparência de planador. [Imagem: E-Genius]


Eficiência aérea

Serão duas competições, uma de velocidade e outra de eficiência no consumo de combustível.
Para vencer a competição de economia de combustível, o avião terá que voar 200 milhas (360 quilômetros) em menos de 2 horas, consumindo menos de 1 galão (3,785 litros) de combustível por ocupante - ou uma quantidade equivalente de eletricidade.
Isso representa uma capacidade de transportar 200 passageiros por milha (1,6 km) por galão de combustível.
Aviões de pequeno e médio porte alcançam alguma coisa entre 5 e 50, enquanto os grandes aviões de passageiros costumam carregar entre 50 e 100 passageiros por milha por galão de combustível.
Se mais de competidor alcançar o objetivo, vencerá aquele que apresentar a melhor combinação de velocidade e eficiência.

O Eco-Eagle é outro que tentará abocanhar o maior prêmio da história da aviação. [Imagem: Eco-Eagle Team]

Tecnologias para aviação

Mas não é tão fácil ganhar mais de um milhão e meio de dólares.
Para colocar a mão no dinheiro, os competidores terão ainda que voar a uma velocidade de 160 km/h, decolar em menos de 600 metros, passando sobre um obstáculo de 15 metros de altura e fazer um ruído máximo de 78 dBA na potência total de decolagem.
Segundo a NASA, a competição está fomentando tecnologias e inovações nas áreas de baterias, motores, células solares, células a combustível, ultracapacitores, novos materiais compósitos, novas tecnologias de sustentação e novos sistemas de segurança para pequenos aviões, incluindo pára-quedas e air bags.


http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=competicao-aviao-mais-eficiente&id=010170110922

Desabafo de uma senhora idosa sobre a onda de preservação do meio ambiente


"Na fila do supermercado o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que sacos de plástico não eram amigáveis ao meio ambiente. A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.
"Você está certo", responde a velha senhora, nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.

Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.

Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou de ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é risível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?
(Agora que você já leu o desabafo, envie para os seus amigos, e especial para os que têm mais de 50 anos de idade.)

Contribuição via e-mail da aluna da Facensa: Cesira Adriana Oliveira

Buraco na camada de ozônio do Ártico é equivalente ao da Antártida



Aurora sobre o Ártico é flagrada por tripulação do ônibus espacial em 2008

Aurora sobre o Ártico é flagrada por tripulação do ônibus espacial em 2008
Cientistas afirmaram que, pela primeira vez, registraram um buraco gigante na camada de ozônio na atmosfera superior acima da região do Ártico, parecido com o buraco encontrado regularmente sobre a Antártida, no sul.

Segundo os cientistas, o buraco foi detectado durante vários meses no começo do ano e seu tamanho era cinco vezes o tamanho da Alemanha. Os cientistas afirmaram ainda que, a cerca de 20 quilômetros acima da superfície terrestre, 80% do ozônio tinha desparecido.

Informações que já tinham sido publicadas pela revista especializada Nature em abril destacavam a destruição da camada de ozônio no Ártico, mas esta é a primeira vez que são publicados dados que já foram totalmente analisados pelos cientistas.

A causa foi uma época longa de clima frio naquela altitude. Em condições de frio, elementos químicos produzidos pelo homem e que destroem o ozônio são mais ativos.

"O inverno na estratosfera ártica é muito variável, alguns são quentes, outros são frios", disse Michelle Santee, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial americana.

"Mas, nas últimas décadas, os invernos que são frios estão ficando ainda mais frios."
De acordo com a pesquisa publicada na Nature, atualmente é impossível prever se estas perdas na camada protetora de ozônio vão ocorrer novamente naquela região.

A camada de ozônio impede a passagem dos raios ultravioleta do sol. Esses raios têm efeitos nocivos à saúde, podendo provocar câncer e outras doenças.

Protocolo de Montreal
Os compostos químicos que destroem a camada de ozônio tem origem em substâncias chamadas clorofluorcabonos (CFCs), que começaram a ser usados no século passado em vários produtos, incluindo refrigeradores.

Estes compostos químicos que aumentam chamado "buraco" na camada de ozônio foram proibidos ou tiveram o uso limitado pelo Protocolo de Montreal das Nações Unidas, assinado em 1987, mas permanecem por tanto tempo na atmosfera que os especialistas esperam que os danos continuem por décadas.

Os efeitos destrutivos foram registrados pela primeira vez na Antártida, que atualmente registra uma grande queda no nível de ozônio em sua camada a cada inverno.

As temperaturas da estratosfera na região do Ártico durante o inverno geralmente não caem tanto como as temperaturas no Polo Sul.

O Ártico não bateu nenhum recorde de baixas temperaturas em 2011, mas o ar permaneceu mais frio por um período extraordinariamente longo, cobrindo uma área maior do que o de costume.

O tamanho e a posição do buraco na camada de ozônio mudou no decorrer do tempo. Algumas estações de monitoramento no norte da Europa e na Rússia registraram níveis maiores de penetração dos raios ultravioletas-B, mas ainda não se sabe se isto significa algum risco à saúde humana.

Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/ciencia/2011/10/02/buraco-na-camada-de-ozonio-do-artico-e-equivalente-ao-da-antartida.jhtm

Contribuição via e-mail do aluno da Facensa: Ricardo Vieira dos Reis

sábado, 1 de outubro de 2011

Japão terá que retirar ‘23 estádios’ de terra contaminada após terremoto

No solo há radiação liberada da usina de Fukushima, destruída por tsunami.
Estimativa foi apresentada pelo governo do país nesta semana.

O Japão terá de retirar 29 milhões de metros cúbicos de terra contaminada por radiação na região de Fukushima, numa área quase equivalente à de Tóquio, disse o Ministério do Meio Ambiente na primeira estimativa oficial sobre a dimensão dessa tarefa.

Seis meses depois do terremoto e do tsunami de 11 de março que desencadearam o pior acidente nuclear do mundo nos últimos 25 anos, a contaminação atinge níveis alarmantes em até 2.400 km², abrangendo Fukushima e outras quatro prefeituras do norte do país, segundo relatório divulgado nesta semana pelo ministério. A Prefeitura Metropolitana de Tóquio, para efeito de comparação, tem 2.170 km2.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o Ministério do Meio Ambiente solicitou 450 bilhões de ienes adicionais no terceiro suplemento orçamentário a ser enviado pelo governo em outubro ao Parlamento, com validade até março.
Até agora, o governo já conseguiu 220 bilhões de ienes (US$ 2,9 bilhões) para o trabalho de descontaminação. Alguns especialistas dizem que a tarefa pode consumir trilhões de ienes.
Foto divulgada pela Tokyo Electric Power Co, mostra ondas de tsunami se aproximando de tanques da unidade 5 da usina nuclear de Fukushima Daiichi, após o grande terremoto de 11 de março (Foto: AP)
Solo contaminado – O relatório trabalha com a hipótese de que seja removida uma camada de 5 centímetros da superfície, possivelmente contaminada com césio, e que também precisaria haver a retirada de grama e de folhas caídas das florestas, e de poeira e folhas dos bueiros.
No total, esse material poderia somar 29 milhões de metros cúbicos de lixo radiativo, algo suficiente para encher 23 estádios de beisebol com capacidade para 55 mil espectadores. O governo ainda precisa decidir onde armazenar temporariamente esses dejetos, e como se desfazer deles permanentemente.
O Japão proíbe o acesso de pessoas num raio de 20 km em torno da usina, que fica cerca de 240 km a nordeste de Tóquio. Cerca de 80 mil pessoas precisaram deixar suas casas.
O governo almeja a reduzir pela metade em dois anos o nível de radiação em lugares contaminados, o que pode acontecer pela redução natural da radiatividade e por esforços humanos.
A estimativa do ministério prevê que a limpeza deve acontecer principalmente em áreas onde as pessoas estariam expostas a uma radiação de 5 milisieverts (mSv) ou mais anualmente, excluindo a exposição por fontes naturais.
O sievert é uma unidade de medida para a radiação absorvida por tecidos humanos; o milisievert é a sua milésima parte. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU) calcula que a exposição anual a fontes naturais de radiação alcança 2,4 milisieverts. (Fonte: G1)

Lançada campanha global contra raiva animal

Por ano, 20 milhões de cães são mortos para controlar a raiva

Com objetivo de combater a doença que mata cerca de 55 mil pessoas anualmente no mundo e evitar o extermínio de 20 milhões de cães, a Sociedade Mundial de Proteção Animal (WSPA, sigla em inglês) lançou nesta quarta-feira (28), no Dia Mundial do Combate à Raiva, uma campanha global intitulada Coleiras Vermelhas.
A gerente de Programas Veterinários da WSPA Brasil, Rosangela Ribeiro, disse à Agência Brasil que nos países que não realizam campanhas de vacinação em massa e que tiveram surto de raiva humana, em vez de vacinar os cães, a opção foi pelo seu extermínio. “A gente sabe que 20 milhões de cães são mortos todos os anos, para controlar a raiva, principalmente nos países da Ásia e da África”.
O Brasil é um dos poucos países que mantêm uma campanha anual maciça e gratuita de vacinação, que atinge quase 30 milhões de animais. “Os Estados Unidos, por exemplo, não têm essa campanha gratuita. As pessoas têm que levar os animais em um veterinário para fazer essa vacinação. Graças a Deus, o Brasil, há mais de três décadas, tem essa campanha de vacinação”, declarou Rosangela Ribeiro.
Ela disse ainda que devido ao problema com as vacinas contra a raiva registrado no país, em 2010, o calendário de vacinação atrasou este ano. O governo federal comprou 10 milhões de doses de vacina importada para a cobertura nos estados do Norte e do Nordeste e a campanha já foi realizada no Maranhão e no Ceará. Para o restante do país, entretanto, as vacinas ainda estão sendo produzidas no Paraná, sob a supervisão técnica do governo. “Só que essas vacinas não ficaram prontas ainda. Então, todo o calendário, que estava previsto para começar em agosto, atrasou”, disse.
Segundo a veterinária da WSPA Brasil, com a vacinação de 70% da população canina, o país consegue controlar a raiva no prazo de dois a três anos. Ressaltou que nas grandes cidades, a raiva humana é resultado, em especial, da mordedura de cães. De acordo com dados da entidade, 90% dos casos de raiva humana no mundo ocorrem hoje por esse tipo de transmissão. (Fonte: Alana Gandra/ Agência Brasil)


Testes clínicos com vacina contra HIV têm 90% de sucesso na Espanha

Uma vacina contra a Aids desenvolvida na Espanha obteve 90% de sucesso em testes iniciais feitos com 30 voluntários de Madri e Barcelona. Apesar dos participantes não terem o HIV em seus organismos, a vacina deixou 90% deles preparados para um possível contato com o vírus que provoca a doença. Essa mesma resistência durou pelo menos um ano em 85% dos voluntários.

A ideia dos médicos do Hospital Clinic (Barcelona) e do Gregorio Marañon (Madri) foi “treinar” o corpo de pessoas sem a doença para que eles pudessem reconhecer o vírus HIV e células infectadas para atacá-los. Agora, o próximo passo será testar a vacina como terapia para pessoas que já possuem o vírus, mas ainda não desenvolveram a doença.
Mesmo com o sucesso na primeira das três fases comuns dos testes em humanos, Felipe García, chefe da equipe que conduziu o estudo em Barcelona, afirma que é preciso cautela. Para o médico, o número de voluntário ainda é pequeno para poder dizer se a vacina vai mesmo garantir a defesa permanente do corpo contra o HIV.
A vacina se chama MVA-B e foi feita a partir de um vírus diferente do HIV. Ao ser enfraquecido, o micro-organismo serviu para produzir uma vacina contra a varíola e agora é muito usado para a pesquisa em outras doenças.
A letra “B” no nome indica o tipo de HIV mais comum na Europa e que é combatido pela nova vacina espanhola.
Para montar a vacina, os cientistas espanhóis colocaram quatro genes do HIV dentro do vírus enfraquecido da varíola. Segundo os pesquisadores, a presença desses genes não é suficiente para desenvolver a doença em pessoas sadias. Pelo contrário, ela serve somente para deixar o corpo em alerta para o caso do vírus de verdade entrar dentro do organismo do vacinado.
Os resultados obtidos pela equipe espanhola foram divulgados nas revistas médicas “Vaccine” e “Journal of Virology”. O estudo foi autorizado pelo Conselhor Superior de Investigações Científicas espanhol (CSIC), principal órgão do governo do país voltado para a pesquisa científica.
A substância já havia sido testada em 2008 em roedores e em macacos. Para Mariano Esteban, cientista do Centro Nacional de Biotecnologia espanhol, a vacina mostrou ser tão boa ou melhor que as outras candidatas atualmente em estudo para combater a doença.

Trinta voluntários sadios de Madri e Barcelona participaram da pesquisa. (Foto divulgação).

A Aids já contaminou mais de 30 milhões de pessoas no mundo. Anualmente, 2,7 milhões de infecções pelo vírus acontecem. Dois milhões de portadores morrem todos os anos, após desenvolver a doença.
No Brasil, entre 1980 até junho de 2010, quase 600 mil pessoas desenvolveram a doença. Quando a Aids começa a agir, células que defendem o corpo contra infecções começam a ser destruídas. Isso leva ao aparecimento de doenças como a pneumonia que matam o portador de Aids por não serem combatidas. (Fonte: G1)

Cheiro de frutas é afrodisíaco para moscas, diz estudo


Uma equipe de cientistas descobriu que o aroma das frutas estimula o apetite sexual das moscas macho, informou nesta quarta-feira o Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França (CNRS). A pesquisa publicada pela revista científica Nature foi elaborada em conjunto pela Universidade da Borgonha (França), pela Universidade de Lausanne (Suíça) e por uma equipe britânica de Cambridge.
Cheiros como o do mel, das frutas e das flores, que contêm o ácido fenilacético, ativam o receptor molecular olfativo Ir84a, situado entre as antenas dos machos das moscas-das-frutas (Drosophila melanogaster).
“A percepção do perfume pelo receptor acaba por ativar 30 neurônios específicos que acionam um circuito neuronal específico, gerando uma sobreexcitação sexual da mosca macho”, explica o CNRS.
O receptor Ir84a “mantém os neurônios sensoriais ativos de maneira permanente, inclusive sem o cheiro, para que as moscas macho possam formar um casal potencial”, afirmam os pesquisadores. Por outro lado, se “a expressão do receptor for suprimida, a atividade sexual das moscas diminui sensivelmente, com ou sem cheiro”, completam.
“Trabalhos suplementares permitirão descobrir eventualmente mecanismos similares entre outras espécies animais”, acrescenta o CNRS francês. (Fonte: G1)

Casos de doença ligada a melão contaminado devem crescer nos EUA

Melões cultivados no estado do Colorado (região central dos Estados Unidos) são a origem de um foco de listeriose que matou 13 pessoas e infectou 72, em 18 estados diferentes, anunciou, nesta quarta-feira, O Centro de Controle de Doenças da Geórgia.

Melões nos Estados Unidos foram contaminados pela bactéria 'Listeria'. (Foto: AFP Photo)

Os casos da doença listeriose – relacionada ao consumo de melões contaminados- devem aumentar até outubro nos Estados Unidos, alertaram nesta quarta-feira (28) as autoridades sanitárias do país.

A previsão é de que mais contaminados pela bactéria Listeria monocytogenes apresentem os sintomas, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC).
Até agora, 13 pessoas morreram e 72 foram contaminadas em 18 estados do país.
A bactéria Listeria monocytogenes foi encontrada em melões contaminados na fazenda Jensen Farms, localizada na cidade de Granada, no estado de Colorado.

A bactéria Listeria monocitogenes: causadora da listeriose, doença contraída por meio de alimentos contaminados, ela usa os flagelos (os fios que saem do 'corpo' da bactéria) para se movimentar (Latinstock)
Com sintomas parecidos com os de gripe, a listeriose pode causar dores musculares e febre.
A doença é mais grave em grávidas – elas podem até perder o bebê ou a criança pode nascer com meningite. Segundo o CDC, idosos, recém-nascidos e adultos com as defesas do corpo enfraquecidas também são alvos mais fáceis para a infecção.
Quatro tipos diferentes da bactéria já foram detectados em até 18 dos 50 estados norte-americanos desde o início do surto, em 15 de agosto. Já as mortes aconteceram somente nos estados de Coloroado, Kansas, Maryland, Missouri, Nebraska, Novo México, Oklahoma e Texas.
A própria fazenda solicitou que seus produtos fossem recolhidos depois da agência que regula remédios e alimentos nos Estados Unidos (FDA) ter identificado a origem do foco.
O tipo de melão infectado é conhecido como Rocky Ford – nome de uma cidade no Colorado famosa por esta variedade da fruta. Mas as autoridades sanitárias do país alertam que a Listeria pode crescer em outros tipos de melões, guardados dentro ou fora da geladeira. (Fonte: G1)
Saiba mais
LISTERIOSE
A listeriose é uma doença transmitida por alimentos (em geral produtos lácteos ou verduras cruas) causada pela bactéria Listeria monocitogenes. Os grupos mais vulneráveis à doença são os idosos, pessoas com o sistema imunológico debilitado, gestantes e recém-nascidos. Pode causar abortos, meningite e septicemia (infecção na corrente sanguínea).
As mortes foram registradas nos estados do Colorado (2), Kansas (1), Maryland (1), Missouri (1), Nebraska (1), Novo México (4), Oklahoma (1) e Texas (2). Os problemas começaram no dia 15 de agosto, segundo as autoridades.
A listeriose é causada pela bactéria Listeria monocitogenes e é encontrada no meio ambiente e no intestino de pássaros, crustáceos e de vários mamíferos, com exceção do ser humano. Geralmente, a doença é contraída ao consumir produtos lácteos ou verduras cruas.

Projeto usará supercomputador para prever efeito do clima na Amazônia

Com objetivo de prever o impacto das mudanças climáticas na floresta amazônica nas próximas décadas, cientistas do Brasil e de outros oito países, de 14 instituições de pesquisa, iniciaram as discussões do projeto Amazalert, que também pretende apontar medidas preventivas e de adaptação aos fenômenos naturais.
Durante o projeto, liderado pela Universidade de Wageningen, dos Países Baixos, e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), modelos de projeção serão produzidos por 50 pesquisadores em três supercomputadores instalados em Cachoeira Paulista (no interior de São Paulo), na França e no Reino Unido. Do Brasil, a Universidade de São Paulo e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fazem parte dos trabalhos científicos. O projeto receberá investimentos de 4,7 milhões de euros.
“Queremos prever os riscos ambientais na Amazônia, os impactos da mudança do clima e do uso da terra, como a interferência do desmatamento nos serviços ambientais”, afirma Celso Von Randow, do Centro de Ciência do Sistema Terrestre (CCST, ligado ao Inpe), um dos coordenadores do projeto no Brasil.
Sinais de que uma elevação da temperatura, decorrente do aumento das emissões de gases de efeito estufa, começam a atingir a Amazônia foram sentidos no ano passado, quando o bioma sofreu a pior seca da história, apenas cinco anos depois de outro grave período de estiagem.
“Apesar de serem eventos particulares, já podemos afirmar que essas ocorrências poderão se tornar mais frequentes devido às alterações do clima. O grande problema é a combinação disto com ocorrências de queimada e desmatamento”, disse Randow.
A liderança do Amazalert está a cargo de Carlos Nobre, que continua trabalhando na instituição, apesar de atualmente ocupar o cargo de secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Padrões do IPCC – De acordo com Randow, os cenários de previsão seguirão padrões estipulados pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que reproduz como o planeta ficará com aumento das emissões de gases de efeito estufa e, consequentemente, da temperatura em anos diferentes.
“Queremos desenvolver um sistema de alerta para evitar o colapso na floresta. Um dos focos principais é na criação de políticas públicas para adaptação aos fenômenos do clima na Amazônia”, disse o pesquisador.
De acordo com o Randow, o principal papel do Brasil é conter o desmatamento da floresta, com que se comprometeu internacionalmente com a Política Nacional de Mudanças Climáticas, apresentada em Copenhague, na Dinamarca, durante a COP 15.
“O que falta agora são as ações dos países para reduzir as emissões. Talvez a participação de instituições europeias pode melhorar esta visão nos próximos anos”, explica.
Na próxima semana, entre os dias 3 e 5 de outubro, os responsáveis pelo Amazalert estarão reunidos em São José dos Campos (SP) para debater o projeto. Para a elaboração dos modelos, os pesquisadores farão entrevistas com “pessoas-chave” que estão ligadas com o setor governamental, organizações ambientais e a própria população. Eles poderão informar detalhes sobre o que está sendo feito para evitar a destruição da floresta, o que deveria ser realizado, e qual o efeito disso em quem vive no local.
“Em dois anos (2013), vamos começar a delinear as variáveis importantes que serão monitoradas nesse sistema de alerta, que funcionará nos moldes da previsão do clima (já realizada pelo Centro de Previsão e Estudos Climáticos, o Cptec, também do Inpe)”. (Fonte: Eduardo Carvalho/ Globo Natureza)