sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ibama de Brasília multa em R$ 3 mil mulher que agrediu cachorro

Enfermeira espanca cãozinho até a morte

 

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou multa de R$ 3 mil à enfermeira filmada espancando um cachorro da raça Yorkshire em Formosa, cidade goiana no Entorno do Distrito Federal. Segundo o órgão, a mulher tem 20 dias para apresentar defesa.
A punição é baseada no artigo 32 da Lei 9.605, de 1998, e no artigo 29 do Decreto 6514 de 2008, que regulam crimes ambientais. Segundo o órgão, a multa é administrativa e independe das investigações nas esferas civil e criminal.
Em depoimento à polícia na manhã desta terça-feira (20), ela disse ter “profundo arrependimento” pela morte do animal, segundo o advogado dela, Gilson Saad. Postado no YouTube, o vídeo das agressões já teve mais de um milhão de acessos.
Saad disse que a enfermeira afirmou que agrediu o cachorro porque o animal havia bagunçado a casa enquanto ela, o marido e a filha estavam em um restaurante. “Ela disse que perdeu a cabeça.”
No depoimento que prestou nesta segunda-feira por carta-precatória, o homem que registrou as agressões disse já ter visto a enfermeira bater em outro cachorro. O fato teria ocorrido um mês e meio antes das imagens publicadas no Youtube.
“Ela não espancou como fez com o cachorrinho, mas deu umas palmadas. Ela me viu na sacada e parou. Depois entrou [em casa]. Isso ficou na minha cabeça quando comecei a filmar [o espancamento do cachorro que morreu]”, declarou.
O advogado da enfermeira negou as denúncias. “É uma informação que não procede. Primeiro porque não tenho informação sobre esse cachorro [Shih-tzu]. Como ele pode ter visto esse cachorro anteriormente? [...] Não estou dizendo que o rapaz está faltando com a verdade, mas tem algo desencontrado”, disse Saad. (Fonte: G1)
http://www.youtube.com/watch?v=wIPUC8_yh98

Campanha do MMA fala sobre embalagens reutilizáveis



Depois de três anos de sensibilização do consumidor a respeito dos impactos ambientais negativos do consumo exagerado de sacolas plásticas, o Ministério do Meio Ambiente lançou na segunda-feira (19) a segunda fase da campanha “Saco é um Saco”, agora falando sobre as alternativas reutilizáveis às sacolinhas. Em parceria com a Abras e a Apas -Associações Brasileira e Paulista de Supermercados – o MMA lança nacionalmente a campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”.
A nova campanha fala da alternativa às sacolas descartáveis: as embalagens reutilizáveis. É reutilizável toda embalagem, recipiente, sacola, caixa, que possa ser utilizada várias vezes – é, portanto, feita de material durável. São sacolas de pano ou plástico resistente, caixas de papelão, engradados plásticos, carrinhos de feira, etc.
“O Ministério entende que a sensibilização dos consumidores sobre a tragédia ambiental causada pelo excesso de sacolas plásticas e seu descarte incorreto foi exitosa. O próximo passo é apresentar soluções para seu dia a dia”, coloca Samyra Crespo, secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente. “Saem os descartáveis, entram os duráveis. O importante é reutilizar ao máximo, diminuindo a pressão por matéria-prima e a geração de resíduos”, completa.
A campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco”, iniciada em São Paulo, será levada aos demais estados do País, para mobilizar cidadãos e empresários locais. Mais de 100 municípios paulistas aderiram à campanha, o que abrange 75% da população do estado. O grande benefício da campanha é a preparação da comunidade para a redução da oferta de sacolas plásticas, seja por política interna das redes supermercadistas seja por legislação. Nesta segunda-feira foi a vez de Brasília receber a campanha.

Brasília receberá, a partir do dia 19 de dezembro, uma das sacolas reutilizáveis gigantes que fará parte da intervenção urbana em São Paulo, prevista para janeiro. A sacola, de 5 metros de altura e feita de banners reciclados, ficará exposta na Rodoviária do Plano Piloto por duas semanas, chamando a atenção dos transeuntes a caminho de casa, do trabalhou ou das compras
A ação em Brasília contou com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente do DF (SEMARH/DF) que realizará ações educativas e distribuição de sacolas reutilizáveis na Rodoviária e outros pontos da cidade. O DF será o próximo a aderir à campanha Vamos tirar o planeta do sufoco, parceria do MMA, Abras, GDF e Asbra – Associação de Supermercados de Brasília.
A diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentável da Secretaria do MMA, Laura Valente, distribuiu sacolas reutilizáveis durante o lançamento da campanha na plataforma inferior da Rodoviária. Segundo ela, é preciso mostrar à população alternativas para que as sacolas plásticas não sejam mais utilizadas.
O secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do DF, Eduardo Brandão, juntamente com todos os órgãos do GDF apoiam a campanha. “A campanha tem foco na conscientização e este é o melhor caminho. A utilização das sacolas plásticas é um comportamento cultural e, aos poucos, vamos disseminando que este hábito pode ser substituído. Vemos hoje muito mais pessoas utilizando as embalagens retornáveis ou caixas de papelão. Sinal que a conscientização está chegando, devagarzinho. Precisamos diminuir o uso das sacolas”, explica Eduardo.
Ele acrescenta ainda que um dos entraves levantados nos debates de regularização da legislação vigente, na Semarh, tem sido o uso diário das sacolas, como na proteção de lixeiras caseiras, cestos de banheiro e outros usos. “Isso é facilmente resolvido com modos alternativos, basta disseminar estas práticas”, conclui o secretário.
Filme – Para dar o pontapé inicial da campanha em nível nacional, foi produzido um filme de 30 segundos para veiculação nas TVs e mídias digitais, chamando a população a diminuir o uso de sacolas descartáveis durante as compras de Natal. O filme pode ser pelo link: http://youtu.be/D112guXYTZ0.
O filme lembra que Papai Noel sempre usou uma sacola reutilizável e que não importa o tamanho do presente para fazer o mesmo: presentinho ou presentão, sacola reutilizável na mão! (Fonte: MMA)

Receita Federal autoriza devolução de contêineres com lixo hospitalar para os Estados Unidos

Lixo hospitalar foi apreendido em contêiner em outubro (Foto: Katherine Coutinho / G1)

Os contêineres com 46 toneladas de lixo hospitalar apreendidos desde outubro no Porto de Suape, em Pernambuco, serão devolvidos aos Estados Unidos. A Receita Federal em Pernambuco autorizou na segunda-feira (19) o reenvio da carga, mas a informação só foi divulgada nesta terça-feira (20).
O embarque está previsto para ocorrer dia 7 de janeiro, quando o navio que levará a carga partirá para os Estados Unidos. De acordo com nota oficial da Alfândega da Receita no estado, a autorização só pôde ser emitida com aval da Polícia Federal, da Justiça Federal e do Ministério Público em Pernambuco, além de acordo com o Departamento de Segurança Interna e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos.
Segundo o comunicado, a importadora pernambucana que comprou o material havia sido notificada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a devolver o lixo hospitalar. No entanto, a necessidade de que vários órgãos aprovassem a devolução provocou a demora na emissão da autorização.
O carregamento entrou no Brasil como tecido de algodão e seria destinada à confecção de roupas no interior de Pernambuco. No entanto, foi descoberto que os contêineres, na verdade, traziam lençóis sujos de hospitais norte-americanos, além de seringas e luvas usadas. Desde então, o material está apreendido no porto pernambucano. (Fonte: Wellton Máximo/ Agência Brasil)

Entre o câncer e o déficit de vitamina D, médicos recomendam suplemento


Apesar de dermatologistas e reumatologistas eventualmente discordarem sobre se é melhor usar protetor solar o tempo todo e evitar um câncer de pele no futuro ou se é preferível expor o corpo alguns minutos por dia e prevenir a osteoporose, as duas sociedades médicas concordam em um ponto: a suplementação é o melhor remédio em caso de déficit de vitamina D.
Isso porque não há consenso sobre o tempo mínimo de sol necessário para corrigir uma eventual deficiência. O sol nos braços e pernas antes das 10h da manhã, portanto, funciona mais como fator de prevenção, e não de correção.
“Dizer que tomar sol de 15 a 20 minutos por dia é suficiente para obter vitamina D não é certo, pois isso depende de fatores como idade, cor da pele, poluição do ar, estação do ano e se o país está perto do Equador”, explica a reumatologista Rosa Pereira, presidente da Comissão de Osteoporose e Doenças Osteometabólicas da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Alguns pacientes também não podem se expor aos raios ultravioleta (UV) porque são muito idosos, têm doenças de pele, problemas autoimunes, pele branca demais ou antecedentes familiares. “Se o nível de vitamina D estiver muito baixo, o médico solicita suplemento em gotas ou cápsulas. Caso esteja perto do limite, não precisa de remédio”, diz Rosa.
Nos três primeiros meses, é aplicada uma dosagem mais alta, depois uma menor, e aí o exame de sangue é refeito – geralmente, após uma dosagem de 800 a 1.000 unidades de vitamina D por dia. O acompanhamento pode ser realizado com um reumatologista, um endocrinologista ou um clínico geral.
O que é déficit? – A própria questão do que é considerado carência de vitamina D é controversa: enquanto os reumatologistas fixam 30 nanogramas/ml como limite, os dermatologistas trabalham com 20 nanogramas/ml.
“Esse valor menor é o que o Instituto Americano de Medicina estabelece como suficiente. Trinta é demais”, afirma o dermatologista Marcus Maia, coordenador do Programa Nacional de Controle do Câncer da Pele, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Segundo ele, a entidade vai se manifestar para que os laboratórios do país reconsiderem esse parâmetro.
Em 2005, Maia coordenou uma pesquisa com 50 pacientes com melanoma e outros 50 saudáveis que tomavam sol, e chegou à conclusão de que os dois grupos tinham níveis semelhantes de vitamina D, mesmo o primeiro não podendo se expor diretamente aos raios UV.
“O pouco de radiação que eles recebiam, pela falta de bloqueio total do filtro, já era suficiente para sintetizar a substância”, diz o médico.
Na opinião do dermatologista, precisa haver um fórum interdisciplinar para discutir a questão da vitamina D e chegar a uma conciliação das classes.
“Quando o paciente fica com duas orientações diferentes, é ele quem sofre. Não podemos ter opiniões diversas. E os dermatologistas não podem ser culpados pelos casos de osteoporose no mundo”, ressalta.
Osteoporose – Maia também destaca que a vitamina D não é a única substância responsável pela prevenção da osteoporose. “A pessoa precisa ter um nível de cálcio bom, além de fígado, rins e absorção intestinal em pleno funcionamento”, enumera.
Segundo a reumatologista Rosa Pereira, 80% do problema depende de influência genética, de uma exposição solar insuficiente na infância e adolescência e da baixa ingestão de leite e derivados – grupo alimentar cuja recomendação diária o brasileiro tem mais dificuldade de alcançar.
A incidência de deficit de vitamina D entre homens e mulheres é semelhante. Já no caso da osteoporose, a prevalência é maior nas representantes femininas. “A mulher tem maior perda óssea após a menopausa, principalmente nos primeiros cinco a oito anos depois da última menstruação”, explica a médica.
“Panaceia universal” – Na opinião do dermatologista Marcus Maia, a vitamina D é a nova “panaceia universal”, ou seja, um remédio contra todos os males. Isso porque a substância tem sido usada nos mais diversos testes científicos, desde os que querem achar a cura para o câncer até os que pretendem prevenir problemas cardiovasculares, tuberculose ou esclerose múltipla.
“O Instituto Americano de Medicina examinou todos os trabalhos sobre vitamina D nos EUA e descobriu que eles são inconclusivos e inconsistentes”, afirma.
Para a dermatologista Márcia Purceli, do Hospital Albert Einstein, a vitamina D só virou “febre” no mundo inteiro porque é possível dosá-la no sangue. Na verdade, o que se verifica na corrente sanguínea é a quantidade de hormônio da paratireoide (paratormônio ou PTH), cujo nível aumenta quando há deficiência de vitamina D – já que é ele o responsável por retirar o cálcio dos ossos para jogar no sangue e cumprir as funções metabólicas necessárias.

“Se as outras vitaminas, como A, C e E, pudessem ser dosadas, certamente haveria novos booms”, diz Márcia. Atualmente, só são quantificadas no sangue a vitamina D e as do complexo B. (Fonte: Luna D’Alama Do G1)

Número de casos de dengue está relacionado à falta de saneamento adequado


A falta de abastecimento de água e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão, 62,5% têm menos da metade das casas com acesso a saneamento adequado. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil a partir da lista do Ministério da Saúde de cidades com risco de surto da doença e de dados sobre saneamento básico do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento.
Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada.
O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d’água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade.
“Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente”, disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez.
Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado.
“Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente”, justificou o secretário.
Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério. (Fonte: Carolina Pimentel/ Agência Brasil)

Chega a 114 o número de advertências emitidas contra moradores de São Leopoldo por desperdício de água

Uso racional da água está determinado em decreto desde 30 de novembro


Nível baixo do Rio do Sinos levou prefeituras a seguir com medidas para racionar água
Foto: Miro de Souza / Agencia RBS


A prefeitura de São Leopoldo já emitiu duas multas e 114 advertências contra moradores flagrados desperdiçando água. O decreto determinando o uso racional foi assinado no último dia 30 de novembro pelo prefeito Ary Vanazzi. A norma proíbe, entre outras coisas, a lavagem de veículos e calçadas e a irrigação de gramados e jardins.

Nesta terça-feira, a cidade ganhou dois novos reservatórios, construídos no bairro Morro do Espelho, o que deve beneficiar 24 mil moradores da região sul do município. O novo complexo amplia a capacidade de armazenamento de 650 para 2900 metros cúbicos de água tratada.

Apesar da boa notícia, a situação segue preocupante no Vale dos Sinos. São Leopoldo e Novo Hamburgo não têm previsão para o fim do sistema de racionamento no abastecimento de água.

Em Novo Hamburgo, o nível do Rio do Sinos diminuiu 13 centímetros em apenas 24 horas. Em São Leopoldo, medição realizada nesta terça-feira aponta que o Rio do Sinos está em 1,4 metro.
(Fonte: Zero Hora/RS)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Descobertas revelam um espaço borbulhante ao redor da Terra


As auroras são apenas a face mais visível de um rico conjunto de fenômenos que os cientistas estão descobrindo no espaço ao redor da Terra.[Imagem: Bud Kuenzli]

O espaço ao redor da Terra é tudo, menos um vácuo estéril. A área ao nosso redor possui um verdadeiro “borbulhar” de campos elétricos e magnéticos, que mudam o tempo todo.
Partículas carregadas também fluem constantemente, movimentando energias, criando correntes elétricas e produzindo as auroras.
Muitas destas partículas originam-se do vento solar, mas algumas áreas são dominadas por partículas de uma fonte mais local: a própria atmosfera da Terra, que é lenta, mas continuamente, “sugada” para o espaço.
Nanossatélites – Este novo mundo de partículas e correntes elétricas e magnéticas está sendo revelado pela missão FASTSAT, da NASA, uma plataforma para lançamentos de nanossatélites.
Neste estudo, que ainda não se encerrou, foram usados três experimentos que foram ao espaço a bordo do satélite científico: MINI-ME (Miniature Imager for Neutral Ionospheric Atoms and Magnetospheric Electrons), PISA (Plasma Impedance Spectrum Analyzer) e AMPERE (Active Magnetosphere and Planetary Electrodynamics Response Experiment)
Para cada evento bem definido, os cientistas comparam as observações dos diversos instrumentos.
Os eventos mostram um retrato detalhado desta região que agora se sabe ser muitodinâmica, com uma série de fenômenos inter-relacionados e simultâneos – como o fluxo de partículas e de corrente elétrica.
“Nós estamos vendo estruturas que são bastante consistentes em vários instrumentos”, diz Michael Collier no Centro Goddard, da NASA. “Nós colocamos todas essas observações em conjunto e elas estão nos contando uma história que é muito maior do que a soma das partes.”
Perda da atmosfera – Ao contrário do hidrogênio mais quente que vem do sol, a atmosfera superior da Terra geralmente supre íons de oxigênio mais frios, que são ejetados ao longo das linhas de campo magnético da Terra.
Esta “saída de íons” ocorre continuamente, mas é especialmente forte durante períodos em que há mais atividade solar, tais como erupções solares e ejeções de massa coronal, que são expelidas pelo Sol e se movem em direção à Terra.
Essa atividade suga íons de oxigênio da atmosfera superior da Terra, particularmente em regiões onde as auroras são mais fortes.
“Os íons pesados que fluem da Terra podem funcionar como um freio, ou um amortecedor, sobre a entrada de energia do vento solar,” explica Doug Rowland, coordenador do instrumento PISA.
“O fluxo também indica modos pelos quais os planetas podem perder suas atmosferas – algo que acontece devagar na Terra, mas mais rapidamente em planetas menores, com campos magnéticos mais fracos, como Marte,” diz Rowland.
No decorrer da pesquisa, os dados permitirão aos cientistas determinar de onde vêm os íons que saem da Terra, o que os move e como sua intensidade varia de acordo com a atividade solar. (Fonte: Site Inovação Tecnológica)

O FASTSAT, além de ter seus próprios instrumentos, é uma plataforma de lançamentos de nanossatélites, como a vela solar NanoSail. [Imagem: NASA]

Tartarugas marinhas são ameaçadas por vírus raro


Veterinário Leo Foyle, da Universidade James Cook, trata de tartaruga infectada pelo vírus que produz tumores
Um vírus que produz tumores está dizimando a população de tartarugas-verdes da Grande Barreira de Corais, situada ao norte da Austrália, onde a sobrevivência da espécie corre perigo pela falta de alimentos e pela deterioração ambiental do habitat.
Algumas tartarugas afetadas pela doença sobrevivem durante certo tempo quando os tumores são externos, mas os tumores causam também perda de visão, o que dificulta cada vez mais o animal a buscar alimentos e fugir dos predadores. Quando os tumores são interiores, eles obstruem os órgãos até provocando a morte do animal.
Uma vez contraído, o vírus pode ficar incubado durante anos, assim como a herpes labial nos seres humanos, mas qualquer circunstância estressante vivida pela tartaruga pode motivar sua manifestação, dizem especialistas.
As tartarugas-verdes (Chelonia mydas), animais que povoaram a Terra há mais de 100 milhões de anos, foram consideradas como espécies em perigo de extinção em seu habitat natural, os mares tropicais e subtropicais.
Capazes de viajar 2,6 mil quilômetros na época de migração, essas tartarugas habitam várias áreas do norte da Austrália, entre elas a Grande Barreira de Corais, uma das grandes reservas mundiais de fauna marinha.
Fatores como o desaparecimento de alimentos, a progressiva poluição da água, doenças, o desenvolvimento urbano no litoral australiano e o uso das redes por parte dos pescadores aumentam a ameaça da espécie.
Estresse ambiental – Há sete anos, os especialistas descobriram que o novo inimigo da tartaruga-verde é uma doença denominada “fibropapilomatose”, um herpes-vírus que produz tumores na superfície e muitas vezes no interior do animal, explica a pesquisadora Ellen Ariel, da Universidade James Cook (Austrália).
Por isso, segundo ela, os cientistas acreditam que a doença seja causada por “estresse ambiental”, e aparentemente muitas tartarugas doentes ficam em zonas específicas. A pesquisadora acrescenta que o desafio agora é determinar a origem da doença.
Neste ano, no nordeste australiano, houve grandes inundações e a passagem do ciclone “Yasi”, desastres que custaram muitas vidas de tartarugas-verdes, diz o diretor-executivo da representação australiana da ONG internacional WWF, Dermot O’Gorman.
Muitos leitos vegetais litorâneos, considerados uma importante fonte de alimentos das tartarugas-verdes, foram cobertos com sedimentos e poluição depois das inundações e da passagem do “Yasi”.
Nessas condições, as tartarugas doentes não têm a energia para buscar alimentos e morrem. “Muitas tartarugas sobreviveram, mas agora estão morrendo devido aos prolongados períodos de crise de fome”, conta Ellen.
Estudos recentes revelam que mais da metade das tartarugas-verdes que habitam a baía Brisk, no litoral da Grande Barreira de Corais, tinham fibropapilomatose, em um nível altíssimo se comparado com as que vivem em outras zonas, nas quais a incidência do vírus é de 5%.
O fato de o vírus ser quase endêmico na baía de Brisk levantou a hipótese de que o detonante da doença poderia ser o uso de pesticidas e outros poluentes industriais.
Segundo o WWF, tanto na baía Brisk como em outras partes do mundo, entre elas a Flórida (EUA), o vírus está mais presente em áreas próximas aos assentamentos humanos.
Comunidades aborígenes, autoridades, a Universidade James Cook e o WWF uniram forças na região da Grande Barreira de Corais para tentar salvar as tartarugas-verdes e realizar estudos, incluindo a etiquetagem que permite identificar os animais, para poder assim analisar a fundo suas doenças. (Fonte: Portal iG)

Recuperado, lobo-marinho será devolvido ao mar nesta segunda-feira

Após seis meses, filhote de lobo-marinho voltará
ao mar em Santos (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

Um filhote de lobo-marinho que foi encontrado há seis meses em Peruíbe, no litoral sul do estado, deverá ser devolvido ao mar nesta segunda-feira (28). Desgastado e com uma infecção, ele passou por tratamento no Aquário de Santos. Provavelmente, ele se perdeu do grupo e foi arrastado até a praia.
Piá, como é chamado pelos tratadores, chegou com menos de 15 quilos e pesa agora 28 quilos. Segundo o veterinário Gustavo Dutra, ele está forte, saudável e pronto para procurar no mar a própria a comida.
O lobo-marinho vai ser solto a mais de 50 quilômetros da costa, depois da Laje de Santos. Ele terá uma identificação na nadadeira, que vai servir para monitorá-lo caso reapareça em alguma praia. A esperança dos veterinários é de que ele consiga seguir as correntes marítimas em direção ao sul do continente até chegar ao Uruguai, onde vive a espécie.
Além do lobo-marinho, quatro tartarugas que foram encontradas em redes de pesca ou debilitadas nas praias da região também se recuperaram e serão devolvidas ao mar na mesma viagem.
Gustavo Dutra explica ainda o que muitos visitantes do Aquário de Santos perguntaram nestes seis meses em que o animal estava em tratamento: por que o lobo-marinho não vai ocupar o tanque do Macaézinho, da mesma espécie que morreu este ano?
“ A gente segue uma determinação do centro de mamíferos aquáticos que manda que a gente solte esses animais. Esse animal é para soltura, para reabilitação” disse o veterinário. A tratadora de animais Maria Maura de Oliveira foi a responsável por dar comida, vitaminas e acompanhou o dia-a-dia e a recuperação do lobo-marinho nesses seis meses. Ela está feliz com a volta de Piá, mas não esconde o aperto no coração.
“É como se fosse filho, a mesma coisa, a preocupação de alimentação na hora certa, se precisar de medicação na hora certa, então a gente se apega muito. Segunda nem venho trabalhar só para não vê-lo indo embora”, disse. (Fonte: G1)

Ativistas anunciam que irão ocupar centro da COP-17

Um movimento de protesto contra a cúpula de mudança climática das Nações Unidas em Durban (COP17), batizado de “Occupy COP 17″, incentivou neste domingo (27) que manifestantes ocupem o centro de conferência onde será realizado o evento, que começa nesta segunda na África do Sul.
Os ativistas, que lançaram suas mensagens por meio do blog “occupycop17″ e do Twitter, preparam uma assembleia que será realizada nesta segunda-feira (28), no cruzamento de duas das principais ruas de Durban, a poucos metros do local escolhido para sediar a cúpula. A intenção é permanecer no local até o fim da COP17, no dia 9 de dezembro.
“Os governos do mundo se reúnem pela décima sétima vez em assembleia para estudar como reagir à mudança climática. Durante todo este tempo, não conseguiram encontrar uma resposta a esta situação insustentável”, diz o texto do movimento na internet.
O governo da África do Sul destacou mais de dois mil policiais para garantir a segurança da conferência, que deverá atrair 50 mil ativistas.
“Não esperamos distúrbios. Mantivemos contatos com as organizações para coordenar as mobilizações”, assegurou à Efe Eugene Msomi, porta-voz da polícia de Durban.
A COP 17 enfrenta um dos momentos mais difíceis na luta contra a mudança climática, Num panorama marcado pela crise econômica, a necessidade de frear o aumento da temperatura do planeta e o fim do Protocolo de Kyoto, único acordo previsto para reduzir as emissões de gases poluentes, que vence em 2012. (Fonte: Portal iG)

Conferência do Clima na África do Sul busca evitar retrocesso

Nesta segunda-feira (28) começa em Durban, na África do Sul, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 17), que mais uma vez busca avançar rumo a um acordo global de redução das emissões de gases causadores do efeito estufa.
Esta edição, no entanto, mais do que para buscar um avanço nas negociações, é importante para evitar um retrocesso: o Protocolo de Kyoto, único acordo existente segundo o qual a maioria dos países desenvolvidos (os Estados Unidos, segundo maior emissor, não participam porque não ratificaram internamente o acordo) têm metas de redução das emissões, expira em 2012 e, se não for estendido, não haverá nada em seu lugar.
Atualmente, o maior emissor de gases-estufa do mundo é a China, mas ela resiste em se comprometer com metas de corte enquanto os EUA não o fizerem. Rússia, Japão e Canadá, por sua vez, alegam não ver sentido em assumir novo compromisso enquanto os maiores poluidores não o fazem.
A União Europeia representa o maior bloco de países ricos dispostos a negociar algum compromisso. A conferência de Durban, no entanto, acontece num momento conturbado, em que a salvação da economia parece mais urgente que a do clima.
A crise econômica também deve prejudicar outra grande meta da COP 17, que é normatizar o funcionamento do “fundo verde”, um mecanismo de financiamento de ações de redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas nos países pobres. A ideia é que haja US$ 100 bilhões ao ano disponíveis até 2020, mas não se sabe até agora exatamente quem vai colocar a mão no bolso para levar a proposta adiante.
O Brasil aposta suas fichas numa renovação do Protocolo de Kyoto. O negociador brasileiro embaixador André Corrêa do Lago alerta que “há praticamente um consenso de que nunca mais vai se conseguir um acordo total”. Daí a importância de não se deixar morrer este. Corrêa do Lago ressalta que desde a assinatura do protocolo, em 1997, havia a determinação de que o primeiro período de compromisso seria revisto entre 2008 e 2012.
“Nenhum país quer sair de Kyoto pra fazer mais do que faria em Kyoto. Todo mundo quer fazer menos”, comentou o diplomata brasileiro na última semana, em Brasília.

Delegados aplaudem "Acordos de Cancún" aprovados na COP 16. Propostas aprovadas no México serão base para as discussões em Durban. (Foto: Dennis Barbosa/G1)
Os países emergentes, como o Brasil, defendem que as nações ricas, que emitiram mais gases-estufa durante décadas, devem assumir metas mais rígidas, e usam a pobreza que parte de suas populações enfrentam como argumento de que devem ter maior margem de emissões, para poderem se desenvolver. É o que nas negociações reiteradamente chamam de “responsabilidades comuns, mas diferenciadas”. (Fonte: Dennis Barbosa/ Globo Natureza)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Asteroide vai passar perto da Terra na próxima terça-feira

Nasa afirma que objeto de 400 metros de largura não representa perigo de impacto com a superfície

Asteróide vai passar mais próximo da Terra que a Lua na próxima terça
Crédito: Nasa/Divulgação/CP
Um enorme asteroide passará perto da Terra na próxima terça-feira (8), em uma aproximação rara que não representa risco de impacto para o planeta, afirmaram esta semana cientistas dos Estados Unidos, que esperam ansiosos a oportunidade de observá-lo.
“Não é potencialmente perigoso, é apenas uma boa oportunidade para estudar um asteroide”, garantiu o astrônomo da Fundação Nacional de Ciências (NSF, na sigla em inglês), Thomas Statler.
O asteroide circular, chamado 2005 YU55, tem 400 metros de largura e ficará mais perto da Terra do que a Lua, a 325.000 km de distância, informou a agência espacial americana.
Segundo previsões, o horário em que o asteroide estará mais próximo da Terra será às 21h28 de terça-feira, hora de Brasília.
A aproximação será a maior de um asteroide deste tamanho em mais de 30 anos e um evento similar não voltará a ocorrer até 2028.
No entanto, quem desejar ver o corpo celeste precisará de um telescópio. “Ele não será perceptível a olho nu. Será preciso um telescópio com lente de mais de 15 cm para vê-lo. Para tornar a observação ainda mais complicada, se moverá muito rápido no céu quando passar”, disse Statler.
“Vários radiotelescópios foram instalados na América do Norte para registrar a passagem do astro”, continuou Fisher.
“O momento momento (e local) para observá-lo serão as primeiras horas da escuridão de 8 de novembro na costa leste dos Estados Unidos”, emendou.
Os astrônomos que estudam este objeto, classificado como um asteroide de classe C, dizem que é muito escuro, cor de carvão, e bastante poroso.
O 2005 YU55 foi descoberto em 2005 por Robert McMillan, do projeto Spacewatch, grupo de cientistas que observa o sistema solar perto de Tucson, Arizona (sudoeste).
O objeto faz parte de um conjunto de 1.262 asteroides grandes, que giram ao redor do sol e têm mais de 150 metros de largura, que a Nasa qualifica como “potencialmente perigosos”.
“Queremos estudar estes asteroides, de forma que se algum dia formos atingidos, saibamos o que fazer com ele”, disse Statler.
A passagem mais próxima que um asteroide fará da Terra será em 2094, a uma distância de 269.000 km, segundo as previsões. (Fonte: Portal iG)

Desperdício de água tratada pode chegar a 50% nas grandes cidades só com vazamentos da rede

Por causa de vazamentos, grande volume de água se perde no Brasil entre a captação e a torneira do consumidor, principalmente nas grandes cidades. De acordo com dados do Atlas do Saneamento 2011, divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez municípios com mais de 100 mil habitantes apresentam perdas entre 20% e 50% do volume de água captada. Nas cidades com população inferior, a perda fica em torno de 20%.

Segundo Daniela dos Santos Barreto, uma das pesquisadoras do projeto, esse é um problema grave que pode ser ainda maior. “Em tempos de escassez de água, essas perdas são um problema sério, causadas por vários fatores como insuficiência do sistema, redes antigas e sem manutenção adequada, além de furtos de água. Com tudo isso, o volume que se perde é até difícil de ser mensurado pelas operadoras e pode ser ainda maior.
O Atlas revela, ainda, que a água fornecida à população brasileira pela rede geral é obtida, sobretudo, pela captação em poços profundos – como ocorre em 64,1% dos municípios brasileiros – e pela captação superficial (56,7%). A água também pode ser obtida por meio de captação em poço raso ou via adutora de água bruta ou adutora de água tratada provenientes de outro distrito ou município.
Em 2008, em todas as regiões do país, a água disponibilizada à população por meio de rede geral recebeu algum tipo de tratamento. Na Região Norte, entretanto, o avanço alcançado no percentual de água tratada distribuída à população, que passou de 67,6%, em 2000, para 74,3%, em 2008, não foi suficiente para que a região se aproximasse dos índices nacionais porque a quantidade de água que não recebe nenhum tipo de tratamento, 25,6% de toda a água distribuída à população, ainda permanece bem acima dos 7,1% que representam a média nacional.
Nas demais regiões, mais de 90% da água distribuída recebe algum tipo de tratamento. A Região Sul, por sua vez, teve um incremento de 10% no volume de água distribuída à população, porém, não teve um acompanhamento no percentual de água tratada.
O estudo mostra que 78% dos municípios brasileiros investem em melhorias na rede de distribuição de água e a Região Sul é a que apresenta o maior percentual de municípios que se incluem nessa situação (86,4%), de investir em melhorias nesse serviço público. Outra parte do processo de abastecimento que vem recebendo grande investimento por parte da maioria dos municípios (67,8%) é o das ligações prediais.
Além disso, estão sendo feitas, em menor escala, melhorias na captação (49,5% dos municípios); no tratamento (43,7%); na reservação (36,1%) e na adução (19,9% dos municípios brasileiros). (Fonte: Flávia Villela/ Agência Brasil)

Painel do clima da ONU errou ao prever degelo no Ártico

Um novo estudo de cientistas dos EUA e da França sugere que o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, errou feio em suas previsões sobre o degelo do Ártico. No caso, errou para baixo: o derretimento observado é quatro vezes maior do que apontam os modelos.
O grupo de pesquisadores liderados por Pierre Rampal, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), publicou seus dados na edição desta semana do periódico “Journal of Geophysical Research”.
Eles uniram dados de modelagem com observações de satélites, navios e até submarinos para estimar que o mar congelado que recobre o oceano Ártico está afinando a uma taxa de 16% por década. Os modelos que alimentaram o relatório do IPCC, publicado em 2007, estimam essa taxa em 4%.
Segundo Rampal e seus colegas, os modelos climáticos computacionais que estimaram um polo Norte sem gelo no verão em 2100 estão atrasados 40 anos em relação às observações. Da mesma forma, o papel da chamada “amplificação ártica” – como é conhecido o efeito de aumento da temperatura devido à perda do gelo marinho e à maior absorção de radiação solar pelo oceano – provavelmente foi subestimado.
Isso se deve principalmente ao fato de que os modelos não conseguiram reproduzir o aumento de velocidade que ocorre quando o gelo fica mais fino.
O mar congelado do Ártico está em permanente movimento, seguindo as correntes. Todo verão, elas empurram enormes quantidades de gelo para fora do oceano Ártico, pelo chamado estreito de Fram, entre a Groenlândia e o arquipélago norueguês de Svalbard, diminuindo a área do mar congelado.
Acontece que, com a água mais quente, as placas de gelo ficam mais finas (a média entre 1980 e 2008 é de 1,65 metro de afinamento no verão) e se rompem mais. Isso consequentemente aumenta a velocidade de “exportação” do gelo e, por consequência, amplia a redução de área da banquisa.
Em agosto deste ano, a Folha teve oportunidade de experimentar essa alta velocidade do gelo no estreito de Fram a bordo do navio Arctic Sunrise, da ONG Greenpeace. A amarrado a uma placa de gelo de mais de 200 m de comprimento, o navio derivou cerca de 80 km em dois dias.

Rampal afirma que os modelos falham em capturar essa relação entre deformação e velocidade. Aplicando a metodologia usada no novo estudo aos modelos, eles conseguiram resolver quase todas as diferenças entre modelos e observações – o que pode ajudar a estimar com maior precisão o papel do Ártico no clima futuro da Terra. (Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com)

Recursos naturais podem ter colapso em 40 anos, dizem especialistas

Uma previsão catastrófica do planeta Terra para os próximos 40 anos foi divulgada nesta segunda-feira (17) por especialistas da área de clima e saúde reunidos em uma conferência em Londres, no Reino Unido.
Segundo os pesquisadores, recursos naturais da Terra como comida, água e florestas, estão se esgotando em uma velocidade alarmante, causando fome, conflitos sociais, além da extinção de espécies.
Nos próximos anos, o aumento da fome devido à escassez de alimentos causará desnutrição, assim como a falta de água vai deteriorar a higiene pessoal. Foi citado ainda que a poluição deve enfraquecer o sistema imunológico dos humanos e a grande migração de pessoas fugindo de conflitos deverá propagar doenças infecciosas.
Tony McMichael, especialista em saúde da população da Universidade Nacional Australiana, afirmou que em 2050, somente a região denominada África Subsaariana seria responsável por aumentar em 70 milhões o número de mortes.
Outro ponto citado se refere ao aumento dos casos de malária entre 2025 e 2050 devido às alterações climáticas, que tornaria propícia a reprodução do mosquito transmissor da doença. “A mudança climática vai enfraquecer progressivamente o mecanismo de suporte de vida da Terra”, disse McMichael.

Mãe cuida de filho no campo de refugiados de Dadaab, no Quênia. Seca já atinge o Chifre da África e provoca migração em massa para locais com socorro humanitário (Foto: Reuters)
Aumento populacional – De acordo com os especialistas, o aumento da população (estimada em 10 bilhões em 2050) vai pressionar ainda mais os recursos globais. Outra questão citada são os efeitos nos países ricos, principalmente nos da Europa.
“O excesso de consumo das nações ricas produziu uma dívida ecológica financeira. O maior risco para a saúde humana é devido ao aumento no uso de combustíveis fósseis, que poderão elevar o risco de doenças do coração, além de câncer”, afirmou Ian Roberts, professor da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.
Além disso, o Velho Continente estaria sob risco de ondas de calor, enchentes e mais doenças infecciosas para a região norte, disse Sari Kovats, uma das autoras do capítulo sobre a Europa no quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), que será lançado entre 2013-2014.
Espécies em risco – De acordo com o Paul Pearce-Kelly, curador-sênior da Sociedade Zoológica de Londres, cerca de 37% das 6 mil espécies de anfíbios do mundo podem desaparecer até 2100. Os especialistas afirmam que na história do planeta ocorreram cinco extinções em massa, entretanto, atualmente a taxa de extinção é 10 mil vezes mais rápida do que em qualquer outro período registrado.
“Estamos perdendo três espécies por hora e isso antes dos principais efeitos da mudança do clima”, disse Hugh Montgomery, diretor do Instituto para Saúde Humana e Performance da University College London. (Fonte: G1)

Cidade de Manila “afunda”por causa da superexploração de aquíferos

Algumas áreas de Manila, capital das Filipinas, ficaram 18 centímetros mais baixas nos últimos três anos devido à superexploração dos aquíferos, o que piora as inundações recorrentes no período de monções.
“Algumas partes de bairros periféricos de Manila estão afundando segundo os dados. Desde que começaram as medições em 2007 com a colaboração de um satélite japonês, foi registrado um rebaixamento de 5,5 centímetros ao ano”, explica à Agência Efe Arturo Daag, vulcanólogo do Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia (Phivolcs).
Os bairros de Navotas, Caloocan, Malabon e Valenzuela e a província de Bulacan são algumas das zonas mais afetadas, onde grande parte do terreno continua alagado mais de duas semanas após a passagem dos tufões “Nesat” e “Nalgae”, que deixaram pelo menos 101 mortos.
“O alagamento começou antes que fizéssemos as primeiras medições. Se o problema não for resolvido, outras áreas sofrerão inundações permanentes, como já vem ocorrendo”, adverte o cientista.
Este fenômeno, chamado subsidência, acontece quando os aquíferos sob o terreno diminuem em volume por causa da superexploração, o que também diminui a pressão que exercem sobre o solo, deixando-o menos compacto.
“Segundo um trabalho, existe uma alta concentração de indústrias que dependem da extração de água subterrânea. Em Manila, estes aquíferos têm uma grande profundidade, entre 250 e 300 metros, mas empresas distribuidoras de água notaram que eles estão diminuindo a cada ano”, ressalta o especialista.
No caso da capital filipina, o problema se agrava por ser uma cidade litorânea, pois há risco do mar invadir bairros mais expostos. Apesar da altitude em algumas áreas de Manila já ter diminuído 18 centímetros em pouco mais de três anos, Daag destaca que “os riscos ainda são muito pequenos”.
De acordo com o cientista, “alguns encanamentos que se rompem sem motivo aparente podem constar como pequenas provas, mas é difícil detectar mudanças em pequena escala porque o fenômeno afeta áreas bastante extensas”.
Além de agravar as enchentes em Manila ano após ano na temporada de tufões, a subsidência também representa uma ameaça em caso de terremoto. “Se houver um terremoto, os terrenos saturados e menos compactos irão se mover de forma mais intensa”, explica o vulcanólogo.
Daag afirma que as Filipinas precisam melhorar o mais rápido possível os sistemas de controle de deformações do solo a pequena escala e por satélite.
À margem das medidas de controle, o instituto recomenda “limitar a extração de água”, o que requereria a construção de novas represas para satisfazer a indústria e os mais de 12 milhões de habitantes da capital filipina.
Também recomenda um plano que melhore a resposta em caso de inundações e que regule os assentamentos de favelados, onde a acumulação de lixo multiplica o efeito das inundações.
O professor da Universidade das Filipinas Alfredo Langmay adverte em artigo no jornal “Philippine Daily Inquirer” que “a subsidência é outro problema criado pelo homem que agrava as cheias, mas existem outros como a urbanização descontrolada”.
“As pessoas culpam a mudança climática pelos desastres naturais. Mas esta não é a única razão, existem outras mais tangíveis que podem ser resolvidas se algumas medidas forem tomadas”, adverte. (Fonte: Yahoo!)