quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Dobra o número de municípios com solução para o lixo

Segundo o último levantamento da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) feito junto a todos os 496 municípios do Estado, 85 prefeituras já elaboraram os projetos municipais para coleta, tratamento e destino final do lixo. Na pesquisa anterior, apresentada no último dia 2 de agosto, apenas 39 cidades possuíam o plano pronto. Os dados representam que em pouco menos de um mês houve um incremento de 112% no número de municípios que possuem plano de gestão dos resíduos sólidos.
A pesquisa aponta ainda que 342 municípios (69%) estão com o projeto em fase de elaboração. De acordo com as estatísticas, a maioria das cidades (51%) optou por fazer o plano individualmente. Do total, 146 prefeituras (29%) resolveram elaborar o projeto de forma consorciada com outros municípios.
A pesquisa também apresentou números sobre os planos municipais de saneamento. Ao todo, 146 municípios (29%) possuem plano de abastecimento de água, tratamento de esgoto e drenagem das águas pluviais. Dos que ainda não possuem o plano, 232 (47%) estão em fase de elaboração.
A Famurs informa que está sendo finalizado um convênio com a Secretaria Estadual de Habitação e Saneamento (Sehabs) e a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) para aportar recursos para que os municípios que ainda não concluíram os projetos o façam de forma integrada. A intenção é que 100% das prefeituras gaúchas possuam um plano integrado de saneamento e gestão do lixo até o mês de dezembro de 2013. Depois desse prazo, os municípios que não apresentarem seus planos sofrerão corte no repasse federal de verbas para o setor do meio-ambiente.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina que até 2014 os lixões sejam desativados e os resíduos de todo o País sejam encaminhados para aterros sanitários. O objetivo da lei é ajudar o Brasil a atingir uma das metas do Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem de 20% até 2015.

Lista dos municípios com plano de gestão dos resíduos:

ALECRIM
ALPESTRE
ARROIO DO MEIO
ARROIO DOS RATOS
ÁUREA
BAGÉ
BARRA DO RIBEIRO
BARRA FUNDA
BARROS CASSAL
BOM PROGRESSO
BOM RETIRO DO SUL
CAÇAPAVA DO SUL
CACEQUI
CACHOEIRINHA
CAMPO BOM
CANDIOTA
CANELA
CAPIVARI DO SUL
CARAÁ
CARAZINHO
CASEIROS
CERRO GRANDE
CERRO LARGO
CHAPADA
CONSTANTINA
CRISTAL
CRUZALTENSE
DOUTOR MAURICIO CARDOSO
ERVAL GRANDE
ESPERANÇA DO SUL
ESPUMOSO
ESTAÇÃO
ESTÂNCIA VELHA
ESTEIO
ESTRELA VELHA
FAXINALZINHO
GUABIJU
GUAÍBA
GUARANI DAS MISSÕES
HUMAITA
INDEPENDÊNCIA
IRAÍ
LAJEADO
LAVRAS DO SUL
MACHADINHO
MARIANO MORO
MARQUES DE SOUZA
MONTE ALEGRE DOS CAMPOS
NONOAI
NOVA BASSANO
NOVA BOA VISTA
NOVA CANDELÁRIA
NOVA PETRÓPOLIS
NOVA SANTA RITA
PARECI NOVO
PAROBÉ
PEDRAS ALTAS
PINHEIRO MACHADO
PORTÃO
RELVADO
RIOZINHO
ROLANTE
SANTA VITÓRIA DO PALMAR
SANTANA DO LIVRAMENTO
SANTO ÂNGELO
SANTO CRISTO
SÃO DOMINGOS DO SUL
SÃO LEOPOLDO
SÃO MARTINHO
SAPIRANGA
SAPUCAIA DO SUL
TABAÍ
TAPEJARA
TAQUARA
TAQUARI
TORRES
TRAMANDAÍ
TRÊS COROAS
TRÊS DE MAIO
TUPARENDI
URUGUAIANA
VACARIA
VERA CRUZ
VILA NOVA DO SUL
VISTA ALEGRE DO PRATA

ALECRIM
ALPESTRE
ARROIO DO MEIO
ARROIO DOS RATOS
ÁUREA
BAGÉ
BARRA DO RIBEIRO
BARRA FUNDA
BARROS CASSAL
BOM PROGRESSO
BOM RETIRO DO SUL
CAÇAPAVA DO SUL
CACEQUI
CACHOEIRINHA
CAMPO BOM
CANDIOTA
CANELA
CAPIVARI DO SUL
CARAÁ
CARAZINHO
CASEIROS
CERRO GRANDE
CERRO LARGO
CHAPADA
CONSTANTINA
CRISTAL
CRUZALTENSE
DOUTOR MAURICIO CARDOSO
ERVAL GRANDE
ESPERANÇA DO SUL
ESPUMOSO
ESTAÇÃO
ESTÂNCIA VELHA
ESTEIO
ESTRELA VELHA
FAXINALZINHO
GUABIJU
GUAÍBA
GUARANI DAS MISSÕES
HUMAITA
INDEPENDÊNCIA
IRAÍ
LAJEADO
LAVRAS DO SUL
MACHADINHO
MARIANO MORO
MARQUES DE SOUZA
MONTE ALEGRE DOS CAMPOS
NONOAI
NOVA BASSANO
NOVA BOA VISTA
NOVA CANDELÁRIA
NOVA PETRÓPOLIS
NOVA SANTA RITA
PARECI NOVO
PAROBÉ
PEDRAS ALTAS
PINHEIRO MACHADO
PORTÃO
RELVADO
RIOZINHO
ROLANTE
SANTA VITÓRIA DO PALMAR
SANTANA DO LIVRAMENTO
SANTO ÂNGELO
SANTO CRISTO
SÃO DOMINGOS DO SUL
SÃO LEOPOLDO
SÃO MARTINHO
SAPIRANGA
SAPUCAIA DO SUL
TABAÍ
TAPEJARA
TAQUARA
TAQUARI
TORRES
TRAMANDAÍ
TRÊS COROAS
TRÊS DE MAIO
TUPARENDI
URUGUAIANA
VACARIA
VERA CRUZ
VILA NOVA DO SUL
VISTA ALEGRE DO PRATA
ALECRIM
ALPESTRE
ARROIO DO MEIO
ARROIO DOS RATOS
ÁUREA
BAGÉ
BARRA DO RIBEIRO
BARRA FUNDA
BARROS CASSAL
BOM PROGRESSO
BOM RETIRO DO SUL
CAÇAPAVA DO SUL
CACEQUI
CACHOEIRINHA
CAMPO BOM
CANDIOTA
CANELA
CAPIVARI DO SUL
CARAÁ
CARAZINHO
CASEIROS
CERRO GRANDE
CERRO LARGO
CHAPADA
CONSTANTINA
CRISTAL
CRUZALTENSE
DOUTOR MAURICIO CARDOSO
ERVAL GRANDE
ESPERANÇA DO SUL
ESPUMOSO
ESTAÇÃO
ESTÂNCIA VELHA
ESTEIO
ESTRELA VELHA
FAXINALZINHO
GUABIJU
GUAÍBA
GUARANI DAS MISSÕES
HUMAITA
INDEPENDÊNCIA
IRAÍ
LAJEADO
LAVRAS DO SUL
MACHADINHO
MARIANO MORO
MARQUES DE SOUZA
MONTE ALEGRE DOS CAMPOS
NONOAI
NOVA BASSANO
NOVA BOA VISTA
NOVA CANDELÁRIA
NOVA PETRÓPOLIS
NOVA SANTA RITA
PARECI NOVO
PAROBÉ
PEDRAS ALTAS
PINHEIRO MACHADO
PORTÃO
RELVADO
RIOZINHO
ROLANTE
SANTA VITÓRIA DO PALMAR
SANTANA DO LIVRAMENTO
SANTO ÂNGELO
SANTO CRISTO
SÃO DOMINGOS DO SUL
SÃO LEOPOLDO
SÃO MARTINHO
SAPIRANGA
SAPUCAIA DO SUL
TABAÍ
TAPEJARA
TAQUARA
TAQUARI
TORRES
TRAMANDAÍ
TRÊS COROAS
TRÊS DE MAIO
TUPARENDI
URUGUAIANA
VACARIA
VERA CRUZ
VILA NOVA DO SUL
VISTA ALEGRE DO PRATA

FONTE: Assessoria de Comunicação Social - FAMURS

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Cientistas do MIT usam micróbio para produzir combustível limpo

Bactéria pode vir a consumir carbono do lixo e da poluição para criar álcool.
Manipulação de genes permitiu que micróbio produzisse isobutanol.

Cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na tradução do inglês), nos Estados Unidos, manipularam os genes de uma bactéria para dar a ela a capacidade de produzir um tipo de álcool que pode substituir ou diminuir o uso da gasolina nos automóveis.
Chamado de Ralstonia eutropha, o micróbio é encontrado no solo, de acordo com o estudo divulgado na publicação científica "Applied Microbiology and Biotechnology" ("Microbiologia e Biotecnologia Aplicada", na tradução do inglês).
Quando ocorre redução nas fontes de nutrientes (como nistrato ou fosfato), a Ralstonia eutropha passa a absorver carbono e criar compostos na forma de polímero para estocagem, segundo a pesquisa. 
O polímero criado tem características similares ao plástico produzido a partir do petróleo e é chamado algumas vezes de bioplástico. Retirando alguns genes, inibindo a expressão de outros e inserindo um gene de outro organismo no micróbio, os cientistas conseguiram fazer com que a espécie produzisse álcool isobutanol ao invés do polímero.
Bactéria 'Ralstonia eutropha', que produz bioplásticos em certas condições (Foto: Universiti Sains Malaysia/Ecobiomaterial Research Lab/Divulgação)
'Ralstonia eutropha', que produz bioplástico em certas condições (Foto: Universiti Sains Malaysia/ Ecobiomaterial Research Lab/Divulgação)

Poluição
A equipe do MIT está investindo na adaptação da bactéria para que ela possa absorver o dióxido de carbono, um dos gases causadores do aquecimento global, afirma o cientista Christopher Brigham. Com algumas modificações, diz ele no estudo, é possível que o microorganismo use carbono de fontes como resíduos agrícolas e lixo produzido nas cidades.
Atualmente, a fonte de carbono a que os cientistas estão recorrendo para os testes de produção do álcool  pelo microorganismo é a frutose, um tipo de açúcar.
O próximo passo inclui otimizar a produção a partir dos micróbios e conseguir, no futuro, criar "biorreatores" que usem o processo em escala industrial, pondera Brigham. "Mostramos que, em uma cultura contínua [da bactéria], podemos conseguir quantidades significativas de isobutanol", afirmou ele no estudo.
O álcool pode servir como combustível em automóveis ou ser usado em uma mistura com gasolina, de acordo com os pesquisadores.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

UFRJ transforma o bagaço de cana em fibra de carbono

Peças de carro, materiais da indústria de petróleo e até armações de óculos podem estar prestes a se juntar a etanol, cachaça e açúcar como produtos derivados da cana. Cientistas brasileiros desenvolveram um jeito de transformar os resíduos da planta em fibra de carbono, material um bocado valorizado pela indústria.

Hoje, o bagaço da cana-de-açúcar é o principal resíduo do agronegócio brasileiro. Uma tonelada da planta usada para fazer etanol produz, em média, 140 kg de bagaço.

Boa parte desses restos acaba queimada nas próprias usinas como forma de gerar energia, mas é uma destinação que ainda não consegue absorver todos os resíduos gerados. Se armazenados incorretamente, eles podem se tornar um fator sério de poluição ambiental.
Editoria de arte/Folhapress
Foi pensando nisso que um grupo da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiu agir e dar uma destinação mais nobre ao "lixo".

Eles desenvolveram um método que extrai a lignina -uma importante molécula "estrutural" dos vegetais, responsável, entre outras coisas, pela sustentação- do bagaço da cana e a trata para que ela seja transformada em fibra de carbono.

"Não é como transformar garrafa pet em tapete ou em árvore de Natal. É uma reciclagem com alto valor agregado, que pode gerar boas oportunidades, porque o Brasil ainda não tem produção industrial de fibra de carbono", diz Veronica Calado, coordenadora do trabalho e também do Núcleo de Biocombustíveis, de Petróleo e de seus Derivados da UFRJ.

Na verdade, o grupo de Calado aproveita o "lixo do lixo" da cana-de-açúcar. Novas técnicas já permitem que o bagaço da produção de etanol seja tratado quimicamente e usado para dar origem a mais álcool, o chamado etanol de segunda geração.

ÚLTIMA ETAPA

A fibra de carbono é obtida depois que o bagaço já passou por esse segundo processo. A lignina extraída do bagaço é processada e passa por vários processos, que vão aumentando o teor de carbono. No fim, obtém-se a fibra, que é laminada e pode ser vendida para as mais diversas aplicações.

Dez vezes mais forte do que o aço, mas ainda maleável e com elevada resistência à temperatura, a fibra de carbono é um material muito valorizado no mercado, com preços que podem variar entre US$ 25 e US$ 120 por kg.

A principal maneira de obtê-la hoje é derivá-la do petróleo, com muitos aditivos.

"A fibra de carbono pelo reaproveitamento da cana também é sustentável nesse sentido, porque vai diminuir a dependência do petróleo para mais um uso", avalia Verônica, da UFRJ.

No mundo, já existem outras iniciativas para transformar a lignina em fibra de carbono. Todos esses projetos estão também em fase experimental. O grupo brasileiro, porém, orgulha-se de conseguir fazer o trabalho com menos aditivos, obtendo ainda um "extrato" de lignina mais puro e com maior potencial de transformação.

O trabalho carioca ainda está restrito aos laboratórios, mas a técnica já se mostrou funcional. A coordenadora do estudo diz que não há ideia do preço final da fibra, mas que "com certeza ela será mais barata do que a vinda do petróleo".

Agora, os cientistas estudam a melhor maneira de patentear o projeto.

Fonte: Giuliana Miranda de São Paulo

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Derretimento de gelo na superfície da Groenlândia chega a 97%

Nos primeiros dias do mês de julho cientistas da Agência Espacial Norte-Americana (NASA) registraram o maior derretimento na superfície de gelo da Groenlândia já visto nos últimos 30 anos. O cenário trágico foi registrado por três satélites independentes e causou espanto nos pesquisadores.

Segundo informações da NASA, todos os anos a Groenlândia perde metade da sua superfície de gelo, por um processo natural de derretimento. Nos locais mais altos a água facilmente volta a congelar. No entanto, na região de encosta boa parte do derretimento acaba se perdendo no oceano.

Neste ano o degelo na superfície chegou a 97%. Os números deixaram os pesquisadores alarmados, mas ainda não se sabe qual deve ser a influência deste evento em relação ao nível do mar.

Son Nghiem, analista da NASA, foi quem recebeu os dados da Indian Space Research Organisation e se surpreendeu com os números apresentados. “Este cenário era tão extraordinário que no começo eu questionei o resultado: foi realmente isto ou houve um erro de dados?”, explicou.

Assim o pesquisador se viu obrigado a conferir as informações com base em outras coletas. Os equipamentos da NASA confirmaram a incidência de temperaturas excepcionalmente altas e o degelo extenso sobre a superfície de gelo.

A fusão se espalhou rapidamente, já que em oito de julho os registros marcavam perda de 40% da camada de gelo. Apenas quatro dias depois, os níveis já haviam subido para 97%. O evento coincidiu com uma grande onda de ar quente que passou pela Groenlândia e por lá ficou durante três dias. Com informações da NASA.

Fonte: Redação CicloVivo