quarta-feira, 31 de outubro de 2012

AS ÁRVORES AGRADECEM


Como a indústria recicla papel?

Com o mesmo processo com que faz o papel comum - só muda a matéria-prima

O material recolhido para a reciclagem precisa ser transformado em massa de fibra de celulose antes de entrar nas máquinas, mas, depois, os aparelhos e procedimentos são os mesmos.

Geralmente, o papel vendido como reciclado tem apenas parte de sua matéria-prima vinda do reaproveitamento. Isso porque, quanto maior a quantidade de papel reciclado, mais frágil será o produto final. Mas a indústria papeleira nacional já é 100% sustentável: todos os fabricantes usam madeira de reflorestamento. 
 Neste infográfico abaixo, em 2010, o papel reciclado salvou cerca de 46 milhões de árvores.

























quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Dilma faz nove vetos ao Código Florestal



Em mensagem enviada ao presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-AP), a presidenta Dilma Rousseff enumera os motivos que levaram aos nove vetos ao Projeto de Lei de Conversão 21, aprovado em setembro pelo Legislativo, que trata de alterações no Código Florestal.
Segundo explicou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, os vetos, no conjunto, buscaram preservar o princípio que justificou a edição da medida provisória, “que significa não anistiar, não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a justiça social”.
Na mensagem, publicada na edição da última  quinta-feira, 18.10.2012,  do Diário Oficial da União, a presidenta informa que os vetos atendem a orientações dos ministérios do Meio Ambiente, da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, além da Advocacia-Geral da União (AGU).
O governo relaciona argumentos ambientais e jurídicos na mensagem ao Congresso. O veto ao Parágrafo 9º do Artigo 4º, por exemplo, ocorreu porque a alteração no texto original da Medida Provisória 571 provocaria “dúvidas sobre o alcance do dispositivo”, o que poderia levar a “controvérsias jurídicas na aplicação da norma”. 
Já o veto ao Inciso 2º do Parágrafo 4º do Artigo 15 foi motivado porque, na interpretação do Palácio do Planalto, diferentemente do previsto no Inciso I do mesmo artigo, o dispositivo “impõe uma limitação desarrazoada às regras de proteção ambiental”.
Para o Executivo, o Parágrafo 1º do Artigo 35 permitiria a interpretação de que passaria a ser exigido o controle de origem do plantio de espécies frutíferas pelos órgãos ambientais. A medida, na avaliação da Presidência da República, “burocratiza desnecessariamente a produção de alimentos” e, por isso, foi alvo de veto.
De outro lado, o veto ao Parágrafo 6º do Artigo 59 do projeto de lei de conversão foi motivado porque o dispositivo, na análise do governo, ao impor aos produtores rurais prazo de 20 dias para a adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), limitaria “de forma injustificada” a possibilidade de que eles promovam a regularização ambiental de seus imóveis rurais.
De acordo com o Executivo, o veto ao Inciso 1º do Parágrafo 4º do Artigo 61-A ocorreu porque o dispositivo reduz a proteção mínima e amplia “excessivamente” a área de imóveis rurais alcançadas pela norma, o que elevaria o impacto ambiental e quebraria a lógica da chamada “escadinha”.
Incluída no texto original da medida provisória enviada pelo Executivo ao Congresso em maio, a escadinha prevê que a recomposição de áreas desmatadas variaria de acordo com o tamanha da propriedade.
Já o Inciso 5º do Parágrafo 13 do Artigo 61-A, que previa o plantio de árvores frutíferas nas áreas a serem recompostas, foi vetado porque, na interpretação do Palácio do Planalto, a autorização indiscriminada do uso isolado de frutíferas para a recomposição de áreas de Proteção Permanente (APPs), independentemente do tamanho da propriedade, poderia comprometer a biodiversidade dessas áreas.
Segundo a mensagem presidencial, o veto ao Parágrafo 18 do Artigo 61-A foi feito com a justificativa de que a redução excessiva do limite mínimo de proteção ambiental dos cursos d’água inviabilizaria a sustentabilidade ambiental no meio rural. Além disso, a ausência de informações detalhadas sobre a situação dos rios intermitentes no país impediria uma avaliação específica dos impactos do dispositivo.
O Inciso 3º do Artigo 61-B foi alvo de veto porque, na análise do governo, o disposto altera a proposta original enviado ao Congresso e, com isso, “desrespeita o equilíbrio entre tamanho da propriedade e faixa de recomposição”.
Na proposta original, apenas os pequenos proprietários, com imóveis rurais de até quatro módulos fiscais, teriam benefícios, tendo em vista “a sua importância social para a produção rural nacional”. Para o governo, a ampliação do alcance do dispositivo causaria impacto direto à proteção ambiental de parcela significativa território nacional.
Por fim, o veto ao Artigo 83 do projeto de lei de conversão aprovado pelo Congresso em setembro último foi motivado pela justificativa de que, ao revogar dispositivos pertencentes ao próprio diploma legal no qual está contido, a norma violaria “princípios de boa técnica legislativa, dificultando a compreensão exata do seu alcance”.
Além disso, justificou o Planalto, a revogação do Item 22 do Inciso 2º do Artigo 167 da Lei no 6.015, de 31 de dezembro de 1973, dispensa a averbação da reserva legal sem que haja ainda um sistema substituto que permita ao Poder Público controlar o cumprimento das obrigações legais.
O veto é uma prerrogativa presidencial garantida no Parágrafo 1º do Artigo 66 da Constituição Federal. Segundo o texto, “se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente”, devendo, em 48 horas, comunicar os motivos ao presidente do Senado Federal.


A presidente Dilma Rousseff decidiu vetar nove itens do Código Florestal aprovado pelo Congresso Nacional em setembro. O principal veto retira do texto a flexibilização que os parlamentares queriam para a recuperação de áreas de preservação permanente (APPs) nas margens de rios.
O governo vai devolver à lei, via decreto que será publicado na quinta-feira, 18.10.2012, a chamada regra da “escadinha”, que prevê obrigações de recuperação maiores para grandes proprietários rurais. A “escadinha” determina que os produtores rurais terão que recompor entre cinco e cem metros de vegetação nativa das APPs nas margens dos rios, dependendo do tamanho da propriedade e da largura dos rios que cortam os imóveis rurais. Quanto maior a propriedade, maiores as obrigações de recomposição.
A presidente excluiu do texto o trecho incluído pelos parlamentares que permitiria a recuperação de cinco metros de APP em tornos de rios intermitentes de até dois metros de largura para qualquer tamanho de propriedade.
“Os vetos foram fundamentados naquilo que era o principio da edição da medida provisória, que significa não anistiar, não estimular desmatamentos ilegais e assegurar a justiça social, a inclusão social no campo em torno dos direitos dos pequenos agricultores”, explicou a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que apresentou os vetos na última quarta-feira, 17.10.2012,  junto com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.
Também foi vetada a possibilidade de recomposição de APPs com monocultura de espécies frutíferas exóticas, como laranja e maçã. “Não teremos áreas de pomar permanente, como diziam alguns”.
O decreto, que será publicado no Diário Oficial da União, também trará a regulamentação do Programa de Regularização Ambiental (PRA) e do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que suprirão os possíveis vácuos na lei deixados pelos vetos.
Segundo Izabella, mais instrumentos normativos serão necessários para regulamentar outros pontos do texto, que poderão ser decretos ou atos ministeriais. “Outros atos, não necessariamente decretos, serão necessários para regulamentação do código”.
A ministra disse que os vetos foram pontuais, apenas para recuperar os princípios que estavam na proposta original do governo.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Cientistas norte-americanos criam “flores” capazes de armazenar energia solar


Pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, desenvolveram em laboratório "flores" de sulfeto de germânio (GeS). O material é semicondutor e promete ser a nova tecnologia que irá captar energia sustentável.
O experimento iniciou com o aquecimento do pó de GeS até que ele começasse a vaporizar. Em seguida, são formadas camadas de 20 a 30 nanômetros de espessura, a partir do vapor, com até cem micrômetros de comprimento.
Através deste processo, as várias camadas ganham a forma da flor de um cravo. O material confeccionado com o GeS tem estrutura atômica com potencial para absorver energia solar e convertê-la em energia utilizável.
De acordo com o estudo, o GeS é um elemento relativamente barato e não tóxico, por isso há um grande interesse em fazer uso dele em células solares, onde geralmente são usados materiais caros e tóxicos.
Chamadas de “nanoflores” a substância tem "pétalas" de espessura extremamente fina, mas com uma grande área de superfície. Para o professor Linyou Cao, coautor do artigo sobre a pesquisa, esta área de superfície em uma pequena quantidade de espaço pode servir para melhorar a capacidade de baterias. Além disso, pode dar mais potencial a supercapacitores através desta tecnologia. 






segunda-feira, 8 de outubro de 2012

“Santinhos políticos” nas ruas evidenciam desrespeito aos eleitores e meio ambiente

Em dia de votação os panfletos políticos conseguem deixar as ruas mais sujas do que já são de costume. A situação, que se repete a cada eleição, pôde ser conferida ainda na manhã de segunda-feira (08/10/12).
A sujeira, principalmente, em frente às zonas eleitorais causou repulsa em muitos eleitores. Em protesto, uma das atitudes mais interessantes ocorreu na cidade de Guarulhos, em São Paulo. A população colocou os “santinhos” na porta da Câmara e dois cartazes com os dizeres: “Onde está a sustentabilidade?” e “Devolvendo o que vos pertence”.
Além da poluição, a quantidade de papel no chão dificultou a locomoção das pessoas. Foto: Marcelo Camargo/ABr
O acúmulo de papeis foi visto, principalmente, em frente às escolas e nas ruas próximas. A ação dos candidatos ainda desrespeita a proibição de fazer propaganda eleitoral, seja por meio de distribuição de santinhos ou o pedido verbal de votos, nos entornos dos locais de votação.
Além da poluição, a quantidade de papel no chão dificultou a locomoção das pessoas. A reportagem do Uol noticiou a queda de quinze idosos já nas primeiras quatros horas de votação em Campinas, São Paulo. Os acidentes foram registrados pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
O destaque para as cidades que se livraram dos santinhos foi noticiado pelo Diário de Cuiabá, jornal mato-grossense. Pelo menos cinco municípios amanheceram limpos e foram considerados como cidades-modelo pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral). No Mato Grosso houve uma campanha intensa em favor de uma cidade menos poluída. A ação mostrou-se um sucesso com o slogan “Candidato que joga santinhos na rua não respeita a sua cidade”.
Em muitas cidades as eleições 2012 já foram decididas. Resta solucionar este grave problema de desperdício de papel que se repete a cada eleição. A situação é apenas uma das muitas atitudes que representam o descompromisso dos candidatos em relação à população e à natureza.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Brasil discute meios de reduzir as emissões de gases-estufa da Copa de 2014


Mesmo com os inúmeros benefícios para o Brasil, a Copa do Mundo de 2014 pode gerar impactos ambientais nas cidades que sediarão os jogos do torneio. Para evitar consequências negativas ligadas às mudanças climáticas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) trabalha ações com o objetivo de transformar o torneio em uma Copa Verde, com enfoque na sustentabilidade das obras em andamento nas 12 cidades-sede.  O aumento no consumo de energia, a construção de estádios e o deslocamento urbano aparecem como as principais ameaças para o meio ambiente.
A Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade, criada em função da Copa do Mundo, é onde se discute os temas ambientais ligados ao evento. No âmbito das mudanças climáticas, as iniciativas se concentram na gestão das emissões de gases de efeito estufa (GEE). Entre elas, está o guia para elaboração de um inventário, com o objetivo de subsidiar a execução de obras sustentáveis nos estados.
Uma parceria com a Embaixada Britânica possibilitou a realização de oficinas de capacitação com representantes de várias cidades-sede. A cooperação tem permitido que as orientações e alternativas sigam as diretrizes do Useful Simple Projects, entidade responsável pelo inventário de emissões de GEE das Olímpíadas de Londres, realizadas em 2012.
O projeto da Copa Verde envolve diversos órgãos do Executivo. O acordo de cooperação celebrado entre o MMA e o Ministério do Esporte determina que haja um esforço conjunto na incorporação da esfera ambiental às obras decorrentes da competição. Firmado em 2010, o pacto tem, ainda, o objetivo de assegurar o envolvimento dos governos estaduais e municipais no processo.